Crédito ilustração de capa: Minilua
Na última semana, Dave Malloy, autor de “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812” esteve no Brasil para conferir a produção brasileira em cartaz no 33Rooftop em São Paulo. Além de elogiar a equipe, Malloy aproveitou para divulgar um novo – e desafiador – projeto: adaptar o romance “Moby Dick, de Herman Melville para os palcos.
Seguindo a sua cartilha própria, como é visto em “O Grande Cometa”, o espetáculo terá quatro atos, cada um com características próprias. Segundo reportagem ao Estadão, Malloy diz que “o primeiro ato terá um estilo similar ao que já vemos na Broadway, o segundo contará com uma estética vaudeville, o terceiro será inspirado no universo do jazz e dedicado a um personagem da obra – Pip, que trabalha como auxiliar na cozinha e enlouquece no oceano. O último encerra com o climax da história”. Veja abaixo uma das canções desenvolvidas para o musical.
A encenação tem previsão de estreia para o fim de 2019 e por volta de cinco horas de duração – um feito semelhante a peças como “Harry Potter and the Cursed Child”, atualmente em cartaz em Londres. Ainda não muitos detalhes sobre como o espetáculo será realizado ou a baleia cachalote que dá nome ao livro ganhará vida.
É interessante notar que essa não é a primeira vez que “Moby Dick” é adaptado para os palcos. O romance que retrata a luta entre o homem e a natureza serviu de inspiração para diversos filmes, shows, operetas, peças e musicais. Em 1990, estreou em Londres uma produção chamada “Moby Dick – A Whale of Tale”, um musical de estética camp e anacrônico inspirada no texto de Melville com temporada de apenas quatro meses e críticas mistas. Uma montagem “Off-Off Broadway” de uma peça musicada foi produzida em Nova York em 2003 e mais recentemente em 2016, o dramaturgo David Catlin produziu um musical sobre o livro em Chicago nos Estados Unidos.