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Criatividade em tempos de crise – Bate-papo com André Dias

A diferença entre crise e criatividade é um punhado de letras a mais. Enquanto alguns decidem chorar as perdas, haverá sempre quem esteja lá para “vender lenços”, mesmo que sejam para secar lágrimas de alegria e risadas. Essa é a proposta de “Ou Tudo ou Nada“, versão musical do filme de “The Full Monty”, que após estrear na Broadway há 15 anos, chega ao Brasil pela primeira vez. Com versão de Arthur Xexéo e direção de Tadeu Aguiar, o elenco é composto por Mouhamed Harfouch,  Claudio Mendes, Kacau Gomes, Xande Valois, André Dias, Carlos Arruza, Sergio Menezes, Victor Maia, Samantha Caracante, Carol Futuro, Larissa Landin, Sara, Marques, Gabriel Peregrino, Felipe Niemeyer e Fabio Bianchini, Patrícia França e a atriz convidada e Sylvia Massari, que interpreta uma personagem exclusiva da versão teatral.

andre diasCom estreia marcada para hoje, no Theatro Net Rio, a comédia segue em cartaz até 20 de dezembro. O B! conversou exclusivamente com o ator André Dias, veterano de musicais como “Avenida Q“, “Quase Normal” e protagonista com brasileiríssimo “Bilac Vê Estrelas“. Veja os principais comentários do ator sobre o seu personagem e o papel da arte em tempos de crise.

B! – Qual a sua expectativa para esse novo trabalho? É a primeira vez em que você lida com a nudez relacionada à arte?

 Sim, é a primeira vez que lido com a nudez no palco. Este espetáculo é muito oportuno e atual. Em meio a crise, o ser humano precisa se reinventar. A nudez é apenas uma metáfora a esta transformação.

B! – O texto de “Ou Tudo ou Nada” dialoga bastante com o momento atual vivido pelo Brasil – A crise econômica. Como você vê o papel da arte, mas especificamente, do musical nesse contexto?

André Dias: O Teatro,musical ou não, é um instrumento de reflexão da atualidade. No momento em que a plateia se identifica com aquele conflito pois o reconhece e suas próprias vidas, o teatro se estabelece. ‘Ou Tudo ou Nada’ não poderia ser mais oportuno, pois é uma história que todo brasileiro esta vivendo agora.

B! – Conte para nós um pouco sobre o seu personagem e sua preparação para interpretá-lo.

AD: Malcolm é o um fracassado que mora com uma mãe controladora. Um homem solitário desprovido de identidade própria. Desempregado, ele se junta ao grupo quando é salvo de uma tentativa de suicídio. E um personagem no limite do dramático e do cômico, que apresenta uma polaridade muito grande. Sua personalidade vai tomando forma através da relação com o grupo de strippers.

B! –  Mais do que uma comédia, o texto também fala dos laços que unem um grupo de personagens do sexo masculino. Conte-nos um pouco sobre esse processo e a interação com seus companheiros de cena.

AD: O mais importante é contarmos a mesma história juntos. Esses personagens estão todos no mesmo barco, sem trabalho, sem dinheiro, sem identidade e sem auto-estima. Precisam reinventar suas próprias vidas. O elenco está super bem escalado e todos queremos muito contar esta história. Vamos nos divertir muito!

-b Ou Tudo ou Nada 4184

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