Um artista de clássicos! Assim é Saulo Vasconcelos, que começou sua carreira na Ópera, em Madame Butterfly, de Puccini, e brilhou no México, como o icônico Fantasma, de ‘O Fantasma da Ópera’, antes de conquistar o título de um dos maiores nomes do teatro musical no Brasil.
Conhecido por estrelar superproduções em palcos paulistanos como ‘Les Misérables’, ‘A Bela e a Fera’, ‘O Fantasma da Ópera’ – reprisando o papel-título, ‘A Noviça Rebelde’ e ‘Mamma Mia’, e abrilhantar ainda mais famosos espetáculos como ‘Cats’, ‘Priscilla, a Rainha do Deserto’, ‘A Madrinha Embriagada’, ‘O Homem de La Mancha’ e ‘Forever Young‘, o ator, cantor, dublador e arte-educador brasiliense sempre demonstrou ter grande conexão com a música.
Sua vida pessoal e sua carreira, já contadas em uma biografia lançada em 2018, ‘Por Trás das Máscaras’, se conectam a uma trilha sonora que mescla diferentes estilos, com forte influência do rock, mas sem abrir mão de canções marcantes dos musicais, incluindo uma inesquecível e que o consagrou. Confira o TOP10 da #Songlist do artista, que, além de deixar sua marca nos palcos, ainda conquista adultos e crianças emprestando sua voz ao personagem Maui, de ‘Moana – Um Mar de Aventuras’, da Disney. Bom play!
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1. Metropolis part 2 – Scenes from a Memory | Dream Theater
Não é uma canção. É um CD inteiro (12 faixas) de uma banda de Heavy Metal progressivo que fez minha cabeça dar um nó. Um conceito de música que ajuda a contar uma história de vidas passadas, finitude, espiritualidade e vários temas profundos e existenciais. Uma obra-prima, que ficou no play infinito do meu iPod de 2005 a 2010.
2. Gethsemane (I Only Want To Say) | Andrew Lloyd Webber (Jesus Christ Superstar)
Uma das mais belas canções de musical e que me inspirou a querer seguir a carreira. ‘Jesus Christ Superstar’ foi o primeiro musical que me fez passar mal de tão incrivelmente bem escrito – tanto musicalmente como a parte de dramaturgia. E essa canção em especial, quando Jesus Cristo desafia seu Pai com relação à finalidade da sua morte para a humanidade, tem um impacto poderoso na plateia, principalmente quando o ator sustenta um Sol sobreagudo por tantos compassos. Vale a pena conferir.
3. Carolina IV | Angra
Essa canção, de uma banda brasileira chamada Angra, fez parte de um CD intitulado Holy Land. Esse álbum projetou o grupo para além das fronteiras do nosso país, conquistando a Europa e Japão de uma forma avassaladora, com músicas que combinavam vários elementos da música brasileira com Heavy Metal (já deu pra sacar que eu sou metaleiro?). Carolina IV especificamente tem um trecho que começa aos 4’15’’ de música e se estende até 7’15’’ onde misturam-se elemento de música brasileira (baião), com música tribal, música clássica/erudita, metal clássico e encerra com um solo de guitarra épico. Enlouqueci ouvindo essa canção, quando o CD foi lançado.
4. 1492: Conquest of Paradise | Trilha Sonora | Vangelis
Mais um caso onde não consigo escolher uma música. A galera conhece o compositor, Vangelis. Ele ficou muito famoso pelo tema principal do filme Carruagens de Fogo. E esse álbum inteiro (12 faixas) é a trilha sonora do filme de mesmo nome. Embora nem lembre do filme direito, lembro muito das canções e como elas me relaxavam de noite quando eu colocava os fones de ouvido pra dormir.
5. Under Pressure | Queen e David Bowie
Esse hino do Queen é pra mim A música da banda. Mais sensacional ainda do que Bohemian Rhapsody. Os vocais, a instrumentação, a participação de David Bowie, tudo misturado, deram origem a essa canção monumental. Era meu sonho executa-la em um show e quando a cantei, ao lado do meu eterno parceiro Léo Mancini, foi um dos dias mais especiais da minha vida.
6. Dia dos Pais | A Turma do Balão Mágico
Essa música do Balão Mágico marcou demais minha infância porque me pegava escutando essa canção incessantemente e pensando que sempre que chegava o dia dos pais eu sentia uma baita tristezinha no coração porque não havia conhecido meu pai. Minha mãe, minha heroína, fez os dois papéis, mas meu pai sempre fez falta e eu ouvia essa canção para dar uma sofrida básica.
7. 9ª Sinfonia de Beethoven – 4º movimento | Ludwig van Beethoven
Eu gosto de todos os movimentos dessa peça. Mas o 4º movimento, o mais famoso, tem uma orquestração absurdamente majestosa, intensa, cativante, impactante. Lembro que quando a cantei no Coro Sinfônico Comunitário de Brasília, tive uma das maiores alegrias da vida, além de uma das experiências mais inesquecíveis. Eu gostava tanto da obra que sabia de cor e regia todos os instrumentos de cor com os olhos fechados (na minha imaginação, que fique claro).
8. One Day More | Claude-Michel Schönberg (Les Misérables)
Pra mim, o melhor final de primeiro ato de qualquer peça que misture música e encenação de todos os tempos. Do musical ‘Les Misérables’, essa música é tão grandiosa e época (gosto de coisas épicas também) que, quando eu fiz o musical pela primeira vez, mal podia esperar para ensaiar esse número. É uma canção que junta todos os elementos que eu gosto: um teatro épico, com instrumentação épica e um coro de vozes épicas.
9. Despacito | Luis Fonsi e Daddy Yankee
Podem me julgar. Mas quando ouvi essa música, achei ela tão divertida, sexy, caliente. Não tive dúvida e aprendi ela pra cantar em shows e ainda dei algumas aulas de canto com ela. A melodia, a batida, o rap no meio, tudo super harmonioso, faz desta – ao lado de “I gotta a feeling”, do Black Eyed Peas – uma das músicas mais alto astral de todos os tempos.
10. The Music of the Night | Andrew Lloyd Webber (O Fantasma da Ópera)
Do musical ‘O Fantasma da Ópera’, essa música sempre me tocou pela sua sensualidade, vulnerabilidade, paixão, fragilidade, charme. Não sei nem enumerar quantas emoções sinto ouvindo e menos ainda cantando. Sei que essa é uma lista de canções que eu costumo/costumava ouvir. Mas inevitavelmente as músicas que mais me tocam como ouvinte acabam vindo parar nas minhas cordas vocais. E não tenho também como medir a gratidão que a simples existência dessa música tem pra minha alma.