Soraya Ravenle e Suely Franco falam sobre os desafios de viver “As mulheres de Grey Gardens”
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Em cartaz desde o dia 15 de março na Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro, as atrizes Soraya Ravenle se desdobram para viver duas figuras da história norte-americana: Edith Bouvier Beale e sua filha, Little Edie, tia e sobrinha da primeira dama Jacqueline Kennedy Onassis, (esposa do presidente John F. Kennedy) na versão brasileira do musical “Grey Gardens“. Aqui no país, por uma decisão da direção, o espetáculo passou a ser chamado “As mulheres de Grey Gardens“, com a proposta de torná-lo mais compreensível para o público, por se tratar de uma história cheia de referências ao mundo norte-americano. Mas não deixa de ser uma história universal, mostrando a conturbada relação entre mãe e filha que não se desprenderam até a velhice.
Ajudam a contar a histórias dessas duas mulheres os atores Guilherme Terra, Danilo Timm, Carol Puntel, Sandro Christopher, Jorge Maya, Raquel Bonfante, Sofia Viamonte, Mirna Rubim e Thuany Parente. A equipe do A Broadway é Aqui! visitou as duas atrizes antes de uma das suas apresentações de domingo para contarem sobre os desafios de viver essas personagens tão complexas, que vivem uma relação de amor e ódio difícil de compreender, mas cheia de significados.
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No primeiro ato, Soraya Ravenle interpreta “Big Edie”, mãe da pequena Edie (Carol Puntel) que está noiva do irmão mais velho do futuro presidente John Kennedy (Pierre Baitelli). Abandonada pelo marido e com medo de ficar sozinha na velhice, Edith faz o que pode para afastar os possíveis pretendentes da filha, com sucesso. No segundo ato, Soraya volta à cena interpretando o papel da pequena Edie, que após fugir para Nova York retorna à agora decadente mansão de Grey Gardens para cuidar da mãe, vivida brilhantemente por Suely Franco.
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“Esse musical é um grande desafio, porque eu vivo mãe e filha no mesmo espetáculo. São dois personagens ligados pelo sangue, que vivem uma simbiose doentia. É um trabalho muito rico, acredito que seja o maior desafio que eu tive na minha carreira. É uma história muito interessante, complexa, mexe com a relação que a gente tem com mãe e pai. Eu acredito que a pequena Edie fez um movimento oposto ao que a gente faz na nossa vida: tentar uma independência, construir uma vida própria. Ela volta para o ‘útero’, se recusa a ir para o mundo” comenta Soraya sobre o trabalho de interpretar sua personagem.
Trabalho em conjunto formou espetáculo
O motivo que fez Jonas Klabin, produtor do espetáculo e responsável pela versão brasileira, trazer o musical para o Brasil foi o fato de ser uma história real, apesar de todas as referências ao universo norte-americano. “Eu trouxe a peça justamente pelo fascínio de que as personagens foram reais. Também pela peculiaridade de transformar um documentário em um musical , de brincar com os elementos que compõem as duas linguagens, que foi um processo bem interessante. Uma adaptação da nossa versão é presença de câmera no segundo ato, na cena dos personagens da Soraya e do Danillo Timm, que não havia no original“, explica Jonas em entrevista.
Ainda segundo o produtor, a versão respeita as rimas originais. Já em relação a coreografia (Márcia Rubim), interpretação dos artistas, cenografia (Bia Junqueira) e outros pequenos detalhes, cabe o toque original do espetáculo. Da compra dos direitos do musical, em janeiro de 2011, até a estreia, foram quase dois anos elaborando a versão, um trabalho em conjunto de Jonas, seu irmão Noé Klabin, Marya Bravo, Claudio Botelho, o diretor Wolf Maya e da própria Soraya Ravenle. Para selecionar o elenco, foram realizados convites e testes.”É o que a gente chama de fase da paquera, quando você vai encontrando os elementos para formar o espetáculo da maneira que nós queremos“, diz Jonas.
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Documentário foi principal fonte de pesquisa
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Mesmo com a liberdade que Wolf Maya deu às atrizes para construirem suas personagens, Soraya diz que fez um pesquisa extensa e se baseou muito no documentário original de 1975, e não é apenas na atuação que Soraya tem de ser criativa e segurar as pontas… Vivendo duas personagens diferentes musicalmente, a atriz se divide em duas embocaduras vocais: No primeiro ato, para representar o desejo da Bie Edie de ser cantora, a entonação é mais lírica, já no segundo ato, ao interpretar a própria filha, Soraya diz que precisa ter uma embocadura que soe mais norte-americana e metálica. “Eu saio do espetáculo e vou dormir, tamanho é o meu cansaço após fazer esse esforço todo“, confessa a atriz.
Veterana de musicais, “As mulheres de Grey Gardens” é o vigésimo terceiro espetáculo cantado de Suely Franco, e mesmo com a experiência adquirida em outros trabalhos, essa peça também trouxe desafios para a atriz. “Esse musical é completamente diferente de tudo o que eu já fiz, porque não é aquele espetáculo que o ator para e executa uma canção. Conforme a gente vai discutindo, a música vai entrando e você precisa cantar. É um diálogo cantado, fica muito mais difícil de entrar no compasso. Foi um grande aprendizado!“, diz Suely sobre sua atuação no musical.
Com a prorrogação da temporada do espetáculo para o dia 5 de maio, Suely precisou deixar a produção nesta quinta-feira (18) porque já havia firmado um acordo para participar da reestreia da peça “Seis Aulas de Dança em Seis Semanas” . Mirna Rubim, experiente cantora lírica, preparadora vocal de “As mulheres de Grey Gardens” e substituta de Soraya e Suely na peça assume o papel da decadente mãe no segundo ato até o fim da temporada. Ao deixar o espetáculo, Suely diz que vai levar como recordação o prazer do trabalho. “Eu adoro cantar, adoro fazer musical, a gente entra ali no palco e esquece todos os nossos problemas!“
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