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Livia Dabarian e sua estreia na versão espanhola de ‘We Will Rock You’

Atriz repete a experiência com o musical que protagonizou no Brasil, em 2016.

Ela encontrou cedo, aos 8 anos, suas primeiras conexões artísticas. Considerada uma ‘criança enérgica’, descobriu na Arte sua melhor forma de expressão e, tão logo, já estava integrando o grupo “Oxgênios”, amadrinhando por Xuxa Meneghel, e integrando o elenco de crianças desenvoltas do programa global “Gente Inocente”. Já nos musicais, Livia Dabarian foi Rita Cadillac no biográfico “Chacrinha, O Musical”, levou aos palcos à personagem conhecida das telas, Mary Matoso, na adaptação da novela “Vamp”, mas talvez tenha sido como Scaramouche, no jukebox “We Will Rock You”, que ela deslumbrou um novo horizonte de possibilidades, não só profissionais, como também pessoais.

Foi protagonizando a produção que inaugurou o Teatro Santander, em 2016, que ela estreitou ainda mais sua relação com o universo Rock n’ Roll do Queen, banda britânica liderada por Freddie Mercury e que embala a produção inspirada eu seus hits, trazida ao Brasil pela Caradiboi Artes e Esportes. Ao lado de Alírio Netto, intérprete de Galileo Figaro, eles encontraram um ritmo perfeito, e uma sintonia também, que se estendeu para além da história, levando o romance dos palcos para a vida real.

Alírio Neto e Livia Dabarian: Pedido de casamento no palco de “We Will Rock You” | Foto: Divulgação

Casada há quatro anos com o cantor que chegou a ser escolhido pelos fundadores do Queen, Brian May e Roger Taylor, como vocalista da banda-show Queen Extravaganza (Quex) – único tributo oficial por pertencer ao próprio grupo desde 2012, contando com a coordenação, supervisão e eventuais participações em shows de Taylor (baterista) e May (guitarrista) -, o casal se mudou para a Europa em meio a pandemia, e, com a retomada do setor cultural pelo mundo, Lívia agora tem a oportunidade de, não só estrear seu primeiro musical na Espanha, onde vive, mas de reviver a história escrita pelo autor e comediante inglês Ben Elton, em parceria com os membros do Queen, Taylor e May.

No papel de Killer Queen, no Brasil vivido por Andrezza Massei, Lívia conversou com o B! e contou sobre essa experiência inédita. Confira!

B!) Você se mudou há pouco tempo para a Europa e já esta em seu primeiro musical. Já era parte dos planos? O que mais motivou a mudança?

Quando decidimos nos mudar para cá não tínhamos certeza nenhuma de que o ‘We Will Rock You’ realmente aconteceria. Eles tinham a data prevista para 2020 e tudo foi cancelado. Claro que a vontade de participar já existia e eu comecei a me preparar antes mesmo de abrirem as audições, mas a oportunidade surgiu a partir dos testes mesmo. A nossa família sempre foi muito do mundo e sempre falamos sobre morarmos fora. Amamos o Brasil, mas não concordamos com algumas coisas do inconsciente coletivo. Buscamos segurança e qualidade de vida.

B!) Como é poder reviver a história de um espetáculo que já era tão especial na sua vida?

Reviver essa historia é um presente em tantos níveis! No nível profissional, poder interpretar uma obra do ponto de vista OPOSTO do que o já feito antes é INCRÍVEL! Posso curtir as caricatices da vila! No nível pessoal, estar no palco e poder ouvir essas musicas quase todos os dias é uma sensação de “full circle” como se eu tivesse descoberto a chave pra felicidade eterna! Risos!

B!) Você volta ao WWRY em um novo papel. Como tem sido essa experiência, o preparo para a personagem?

A Killer Queen era totalmente fora da minha zona de conforto. Primeiro estudei MUITO o Espanhol, para que isso não fosse uma barreira, e trabalhei em adaptar meu timbre e maneirismos corporais pra ela. A jornada em si já foi um aprendizado enorme.

B!) O que você acredita que será a maior diferença/desafio em comparação às duas personagens?

O maior desafio em fazer a Killer Queen é a quantidade de energia que ela exige. Por ser a vilã, eu entro poucas vezes, mas sempre com números super coreografados e cheios de notas agudas! Risos! A Scaramouche, por sua vez, não saía do palco… risos! Então…. Trabalho de cardio diferentes!

B!) E fazer um espetáculo inteiro em outra língua? Tem sido difícil?

Durante o processo de criação decidimos que a minha Killer teria um sotaque universal! Então as vezes eu falo com sotaque americanizado, as vezes com o meu próprio sotaque e as vezes castellano puro. O mais importante sempre é não perder o entendimento e para isso eu fiz, e sigo fazendo, muitas aulas.

B!) As temporadas fora do Brasil costumam ser mais longas. Tem planos de emendar trabalhos aí ou pensa em voltar?

Por enquanto não temos planos de voltar! Mas não dizemos nunca para nada! Amamos o público brasileiro e toda oportunidade que tiver de estar mais pertinho, aproveitarei.

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Grazy Pisacane

Jornalista Cultural e Assessora de Imprensa, especializada há 10 anos no mercado de teatro musical.

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