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História de “Escrava Isaura” vai virar musical em 2015

Um clássico romance brasileiro vai ganhar os palcos em 2015, trata-se da história de Isaura, uma bela e jovem escrava branca, pura, mas cheia de encantos, e dotada de muitas qualidades, como um nobre caráter, um bom coração e uma inteligência impressionável, já que por ter sido criada com certo carinho pela família em que servia, aprendeu a ler e escrever, a falar francês e italiano, e ainda a tocar piano.

Capa do Livro
Capa do Livro

Escrito pelo criador do romance sertanejo e regional, Bernardo Guimarães, durante a campanha abolicionista, em 1875, a história da “Escrava Isaura” se passa nos primeiros anos do reinado de D.Pedro II, nos Campos de Goitacases, à margem do Paraíba, no Rio de Janeiro, e também em Recife, e traz na trama mocinhos e vilões característicos da época.

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A obra, que já foi adaptada algumas vezes para o cinema, e duas vezes para a televisão, sendo a primeira em 1976, exibida pela Rede Globo e protagonizada por Lucélia Santos, e a segunda em 2004, transmitida pela Rede Record com Bianca Rinaldi no papel principal, está prevista para estrear nos palcos no segundo semestre do ano que vem. Intitulado “A Escrava Isaura – O Musical”, o espetáculo, que será uma coprodução Brasil e EUA, promete ser grandioso; Com profissionais brasileiros e americanos, ele contará com texto original adaptado à partir do romance homônimo, e apresentará uma trilha totalmente composta por músicas originais.
Vale aguardar mais informações!

Lucélia Santos (1976) e Bianca Rinaldi (2004), as Isauras da TV.

Sobre “A Escrava Isaura”

Isaura, escrava de pele branca, foi criada como filha na família em que serve. Foi durante muito tempo a protegida da matriarca, que prometeu que após a sua morte a moça deveria ser liberta. Entretanto, esse último desejo não foi satisfeito e Isaura se tornou propriedade de Leôncio, um jovem sem caráter que por ela se interessa, apesar de casado.
A beleza da jovem cativa desperta paixões em vários dos personagens, além de Leôncio, o jardineiro Belchior, o feitor da fazenda e até o irmão de Malvina, esposa de Leôncio, fazem propostas à moça.
O pai da escrava, um homem livre chamado Miguel, reúne a vultosa quantia que fora pedida pelo pai de Leôncio para libertá-la, porém, o vilão encontra uma maneira para descumprir a promessa do pai, fingindo luto por sua morte. Inconformada com a situação, Malvina retorna para a casa de seus pais, fato que deixa Leôncio livre para atormentar Isaura. 
O pai de Isaura, Miguel, decide então fugir com a filha para o nordeste do país. Os dois se instalam em Recife e adotam novos nomes. Na nova cidade Isaura conhece Álvaro, homem por quem se apaixona e é correspondida. Ele fica sabendo que ela é uma escrava fugida da pior maneira, ao levá-la a um baile um estudante a denuncia na frente de todos. Isaura é obrigada, então, a assumir sua condição, Álvaro, porém, defende a amada.
Descoberta, Isaura volta a ser escrava de Leôncio. Numa manobra, Isaura é convencida a se casar com Belchior, porém, antes que a cerimônia fosse realizada, surge Álvaro, que havia descoberto a falência de Leôncio e adquirido sua dívida. Dessa forma, ele passa a ser dono de todas as propriedades do vilão, incluindo Isaura. Leôncio se mata e a história tem um desfecho feliz. 

*Fonte do Resumo Literário acima: Globo Educação

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Grazy Pisacane

Jornalista Cultural e Assessora de Imprensa, especializada há 10 anos no mercado de teatro musical.

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2 Comentários

  1. Não é um estudante quem denuncia a Isaura no baile. É Martinho, sujeito que está atrás da recompensa que Leôncio ofereceu pela captura de sua escrava favorita. Álvaro também não a defende de imediato. Sente-se traído e ofendido, mas, quando a moça desmaia diante da confusão que se instalou, ele a leva para um local seguro e, mais tarde, torna-se seu protetor, disposto a encontrar um jeito de livrá-la de sua sina.

    Isaura também não é criada como uma filha na casa grande. Ela é paparicada como um boneca pela Sinhá Gertrudes, carente por ter um marido cruel, um filho ausente e por nunca ter gerado uma menina. Sua condição de escrava é evidente, pois, quando Malvina pergunta por que a sogra não a liberta logo, a velha responde “Ainda não quero ver esse passarinho solto”.

    O romance foi escrito justamente para mostrar a irracionalidade da escravidão. Por mais que fosse inteligente e refinada, branca e prendada como as leitoras da época, Isaura ainda é uma escrava e, por isso, pode ser tratada como objeto por seus senhores.

    Eu espero que a adaptação musical seja melhor do que esse resumo de quem provavelmente nunca leu o romance original hehe. Espero que seja um sucesso lá fora, mas que seja mais parecido com o livro do que com as novelas…elas mudaram MUITA coisa (pro bem e pro mal).

    😀

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