Vida de Dona Ivone Lara ganha musical escrito por Diogo Vilela
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Chegou a vez da “Primeira Dama do Samba” ter sua vida e trajetória eternizadas em um musical. Seguindo a linha dos biográficos, o espetáculo “Ivone Lara – Dona Melodia”, que já em fase de pré produção, abordará não só a carreira da carioca Yvone Lara da Costa, considerada uma das maiores cantoras, compositoras e instrumentistas do Brasil, como também a história do samba de raiz, do Jongo, Partido Alto, samba de quadra e do morro, e claro, da música popular brasileira.
![Dona-Ivone-Lara.jpg](http://i0.wp.com/abroadwayeaqui.com.br/wp-content/uploads/2014/08/dona-ivone-lara.jpg?resize=470%2C299&ssl=1)
Produzido pela Somart Produções Artísticas, com texto escrito pelo ator Diogo Vilela, dirigido por Fernando Philbert, e com a direção musical de Roberto Bahal, a trama vai da infância à consagração de Dona Ivone, mostrando inclusive o seu lado mais romântico, e o período em que exerceu a enfermagem. Ao lado de seu pássaro Tiê, um presente de seus primos, e que dá nome a uma de suas mais famosas canções, a homenageada, ainda sem intérprete definida, inicia uma viagem no tempo, onde conduzirá o público a um passeio pelas memórias de seus 93 anos.
Para a construção do roteiro, Vilela tem mergulhado fundo nas biografias já existentes de Dona Ivone Lara, bem como a que intitula o espetáculo, “Ivone Lara – Dona Melodia”, de Kátia Santos, e deve recorrer também às memórias de grandes parceiros de trabalho dela, como Monarco, Martinho da Vila, Caetano Veloso, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, entre outros.
![Dona Ivone Lara durante desfile da escola de samba Império Serrano - Foto: Divulgação](http://i0.wp.com/abroadwayeaqui.com.br/wp-content/uploads/2014/08/img-368496-dona-ivone-lara.jpg?resize=200%2C300&ssl=1)
Famosa por ter driblado o machismo presente nas rodas e escolas de samba da década de 40, Dona Ivone começou a frequentar a escola “Prazer da Serrinha” (atual Império Serrano) na mesma época, e ali compôs inúmeros sambas, que devido ao tal preconceito, eram sempre apresentados por seu primo Fuleiro, que recebia o crédito pelas palavras no papel.
A situação só muda de figura duas décadas depois, quando a jovem corajosa se lança no mundo do samba como a primeira mulher da ala de compositores da escola, e brilha, sendo esse o seu primeiro grande passo na carreira, que conta com mais de 15 discos lançados, 100 canções compostas, e inúmeras regravações em diversas vozes.
Ainda sem nomes cotados para o elenco, a biografia musical da autora de grandes canções, como “Sonho Meu”, “Sorriso Negro” e “Acreditar”, está prevista para estrear no primeiro semestre de 2015, no Rio de Janeiro.