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Série “Hilda Furacão” vai ganhar musical

Inspirado no long-seller do mineiro Roberto Drummond, escrito em 1991, a clássica história de “Hilda Furacão”, baseada em fatos reais, entrará para a lista de estreias no mundo do teatro musical este ano.
A personagem consagrada por Ana Paula Arósio, em 1998, na minissérie homônima de Glória Perez, está prestes a ganhar uma nova intérprete, em uma versão musicada e inédita.

Ana Paula Arósio como Hilda Furacão (Foto: Divulgação)
Ana Paula Arósio como Hilda Furacão (Foto: Divulgação)

Adaptada pelo escritor, também mineiro, Geraldo Carneiro, que aceitou o desafio a convite do ator e produtor Edson Fiesch, a produção terá a direção do renomado Jorge Takla (My Fair Lady / Jesus Cristo Superstar), a realização da Borges e Fiecsh Produções Culturais, e tem estreia prevista para o segundo semestre de 2014, no Rio de Janeiro.
Para o elenco, a aposta é de um time de peso, a começar pela atriz
Ísis Valverde, que já arriscou soltar a voz na minissérie global “O Canto da Sereia”, e é o nome mais cotado para estrelar a produção.

 “A ideia de ter a Ísis no elenco me deixou ainda mais animado. Além de um encanto de pessoa e de uma atriz maravilhosa, ela é mineira e com certeza vai contribuir para dar autenticidade à personagem com a sua prosódia”, afirma Geraldo Carneiro em entrevista ao jornal “O Estado de Minas”.

Ísis Valverde - 01
Ísis Valverde (Foto: Divulgação)

Essa não é a primeira vez que o romance ganha uma adaptação, na década de 90, o diretor Marcelo Andrade o levou ao palco antes mesmo da minissérie ir ao ar. Em cartaz de 1997 a 1999, a peça estreou em Minas Gerais, no Teatro Klaus Vianna / Centro Cultural Telemig, passando também por São Paulo e Espírito Santo, e tendo como casal protagonista os atores Mariane Vicentini e Cláudio Lins.


►A história

A história, conhecida com dois finais, é narrada pelas memórias do jornalista Roberto Drummond, então repórter iniciante do jornal Folha de Minas, encarregado de traçar o perfil de Hilda Furacão, uma mulher que passou por cima de valores e rompeu os limites da moral e dos bons costumes numa época de repressão política.

A trama, que se passa na década de 50, conta o drama de uma bela jovem, filha de uma tradicional família de Belo Horizonte, que no dia do seu casamento, foge e se refugia na zona boêmia da cidade, escandalizando assim a sociedade mineira. Na trama, Hilda se encontra em um grande conflito pessoal, além de ser acolhida por prostitutas, a jovem ainda se apaixona por Frei Malthus, que vive o dilema entre sua castidade e o desejo; E para vencer esse drama, ela enfrenta os olhares mais recriminadores e os comentários mais maldosos com força e coragem, o que dá um novo rumo a história, que ao contrário de muitos romances, não tem um final feliz.
Após muito resistir à tentação, o religioso decide se entregar à paixão e marca um encontro com Hilda em uma estação de trem com a ideia de fugirem juntos, mas no caminho, Malthus é preso por subversão em meio aos tumultos do golpe do dia 1º de abril de 1964, que instalou a Ditadura Militar no Brasil, então, sentindo-se abandonada, Hilda parte sozinha rumo ao Rio de Janeiro.

>> No livro, o atípico casal termina separado, e na minissérie, eles se reencontram após quatro anos, durante uma passeata no Rio de Janeiro.

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Grazy Pisacane

Jornalista Cultural e Assessora de Imprensa, especializada há 10 anos no mercado de teatro musical.

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