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Rodrigo Cirne e Sabrina Korgut falam sobre "Para sempre, ABBA"

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Em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, o espetáculo “Para sempre ABBA” é mais do que um tributo aos sucessos da banda. O musical composto por mais de 40 canções traz como marca autoral uma história em que as músicas do famoso quarteto contam os encontros e desencontros amorosos de três casais em um hotel. A Broadway é Aqui! conversou com Rodrigo Cirne, idealizador da peça e Sabrina Korgut, parte do elenco,  que retorna aos palcos após os trabalhos em TV . Confira o nosso bate-papo com os atores

Como surgiu a ideia do musical “Para sempre ABBA”?

Rodrigo Cirne: Há mais ou menos três anos eu comecei a me envolver com as músicas do ABBA, ouvi toda a discografia do grupo, que é muito extensa. O que me encantou nas canções é que elas são teatrais, contam uma história. “Mamma Mia”, por exemplo, é super pop, mas na essência é uma grande discussão. E a partir dessa premissa nós construímos um roteiro, uma história simples de três casais que cantam essas músicas.  O roteiro musical é autoria minha, a ideia de ambientar a história no hotel foi do nosso diretor Tadeu Aguiar e os outros detalhes a gente desenvolveu em conjunto com o elenco, formado por amigos.
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Qual é a marca autoral do espetáculo?

Sabrina Korgut:  Eu acredito que além da história contada, os arranjos são o nosso principal registro nesse espetáculo. O Jules Vandystadt teve uma preocupação de trazer um outro olhar sobre essas canções já conhecidas. É uma marca do trabalho dele, como foi em “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, “Beatles Num Céu de Diamante” e “Fascinante Gershwin”. ABBA é pop sim, mas a gente quer mostrar que não é só isso e eu acho que os arranjos deixam isso bem claro em cena.
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E qual é o grande desafio desse novo trabalho?

Rodrigo:  Acredito que seja teatralizar essas canções, algo diferente, que não seja apenas pop. Contudo, o público quer ouvir muito forte o ABBA que eles conhecem, então fica essa dicotomia no ar. No roteiro, eu fiz questão de deixar as músicas mais conhecidas do meio para o final da peça para que a plateia pudesse conhecer mais a obra do grupo. É um repertório muito vasto, inclusive a gente apresenta outras músicas que não são tão conhecidas do grande público.
Sabrina: Antes de tudo eu gostaria de dizer que eu estou muito feliz com o convite do Rodrigo, que marca o meu retorno aos palcos desde “Xanadu”, após os meus trabalhos em TV. Acho que a minha volta não poderia ser mais feliz, despretenciosa e divertida entre amigos. Sobre o desafio, acredito que ABBA seja muita informação para o público, como os arranjos estão bem desconstruídos, a gente deixou bem claro os momentos de comédia, o romance água com açúcar, a separação. A plateia fica ali pensando “para onde será que vai essa história?”. Nós como atores-cantores queremos sair do lugar comum de apenas abrir a boca e emprestar uma dramaticidade às cenas. Mas no final a gente se entrega e vira tudo uma grande festa!

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