O grande “King Kong” resolveu descer do topo do prédio mais alto de Nova York, o Empire State Building, para subir ao palco do Teatro Regent, em Melbourne, na Austrália, para estrear no teatro musical. Inspirado na história de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, de 1933, a temporada entra em cartaz em 15 de junho, e tem como um dos seus focos principais, o aumento do turismo na cidade. De acordo com Patrick Healy, em entrevista ao New York Times, o espetáculo que tem dados numéricos dignos de Broadway, já vem se preparando para essa possibilidade, em busca de um espaço na temporada de 2014 para contar essa história de amor atemporal. Ainda de acordo com ele, apenas alguns teatros tem a capacidade necessária para receber “King Kong Live on Stage”, que dentro de um orçamento de 30 milhões de dólares, ressalta o peso de uma tonelada e os seis metros de altura do grande primata. Tudo indica que o “Foxwoods”, atualmente ocupado pelo Homem Aranha, em “Spider Man: Turn Off the Dark”, seja o mais favorável, devido a sua tecnologia avançada e bem equipada.
O espetáculo que tem por trás uma equipe de nomes premiados, conta com a direção de Daniel Kramer, texto de Craig Lucas, a coreografia de John O’Connell e uma trilha sonora moderna, com músicas de bandas como Justice, Elbowas e Massive Attack, além de composições e arranjos por conta de Marius de Vries, famoso também pelas trilhas clássicas de Moulin Rouge e Romeu & Julieta, além de produzir grandes artistas como Madonna e Bjork.
No elenco, que entre testes e oficinas levou três anos para se formar oficialmente, há rostos já conhecidos de outras montagens famosas, como Esther Hannaford vivendo Ann Darrow, o estreante Adam Lyon como Carl Denham, Chris Ryan como Jack Driscoll, Richard Piper como Capitão Engelhorn, e Queenie van de Zandt, que é considerada a rainha do teatro musical e também do Cabaret, dando vida à personagem Cassandra.
Ao todo serão 76 nomes envolvidos no projeto, sendo 49 atores, cantores, bailarinos, artistas de circo e manipuladores de bonecos marionetes, além claro, da estrela do espetáculo, o maior gorila prateado da história, e sem dúvida o boneco mais moderno – tecnologicamente falando, criado e desenvolvido durante cinco anos pela Global Creatures, os “animatronics” da arte e da engenharia.
Sobre a história: KING KONG conta a história de Carl Denham, um diretor de Hollywood que depois de um imprevisto que o derruba, resolve levar no cargueiro fretado S.S. Venture, a equipe e o elenco de sua atual produção para uma viagem perigosa ao último lugar desconhecido na terra, a Ilha da Caveira, na expectativa de capturar Kong, uma enorme criatura pré-histórica que de acordo com a lenda, vive lá – e tudo enquanto roda seu filme, com a ideia de registrar esse grande momento. Apesar da aventura, a história tem espaço para um romance, que acontece entre Ann Darrow, a estrela de Denham, e seu companheiro, Jack Driscoll, e ela se desenrola em paralelo ao terror durante a fuga de Kong, que coloca Manhattan em alerta, ameaçada de destruição. O filme termina com a clássica despencada do grande gorila, do alto do Empire State, apresentando um misto de sentimentos, e eternizando assim, uma das cenas mais famosas da história do cinema.
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