É esperado que em 2013, Agenor de Miranda Araújo Neto, Cazuza, ressurja como uma das grandes apostas de sucesso, e por conta disso não há dúvida de que o ano será perfeito para os fãs do artista. Diferentes tipos de ações culturais acontecerão durante o ano, em tributo aos seus 55 anos, com a intenção e promessa de encantar os velhos fãs e conquistar os novos, e o que é melhor, algumas homenagens serão musicadas e relatarão seus 9 anos de carreira (que inclui 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes) em grande estilo.
Para dar início às comemorações, embora ainda sem datas exatas, Sandro Chaim, que assinou projetos de peso como “Tim Maia – Vale Tudo” e “Hairspray”, dará vida ao musical “Cazuza – O Musical”, que contará a história de vida e trajetória do artista, o jovem carioca, poeta, autêntico e polêmico. Com direção de João Fonseca, especula-se que a coprodução ficará por conta da empresa XYZ Live, com quem Chaim se associou desde 01 de Outubro deste ano. Os preparativos já estão saindo do papel, a seleção do elenco acontecerá nos próximos meses, entre junho e julho, e a estreia está prevista para o segundo semestre, chegando primeiramente ao palco do Rio de Janeiro.
Complementando o projeto de novidades, está previsto também que Cazuza ganhe uma versão em holograma, realizada pela empresa francesa 4Dmotiona, essa modernidade no meio musical tem “revivido” grandes artistas já falecidos e se dá com base na tecnologia de “motion capture”, bastante usada na criação de videogames e efeitos especiais do cinema.
O processo de re-criação: Um dublê imitará a expressão corporal do artista, fotos serão usadas sobre a face do ator sobrepondo um rosto virtual criado em 3D. As imagens do “cantor virtual” serão projetadas sobre uma superfície espelhada no chão, na parte posterior do palco, e refletidas numa espécie de “parede invisível” vertical para que a plateia possa vê-lo ao lado da banda – que por sinal, será formada por antigos parceiros dele, como George Israel, Arnaldo Brandão, Leoni, Guto Goffi e Rogério Meanda, e juntos, interpretarão aproximadamente 23 clássicos. A tela terá uma extensão de cinco metros, pela qual ele “passeará” e fará algumas de suas performances marcantes, como as do Rock in Rio, em 1985, quando ainda integrava o grupo Barão Vermelho como um dos vocalistas e letristas.
O projeto é estimado em R$ 3 milhões, e prevê uma turnê que passará por quatro cidades, sendo um show em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, um em Belo Horizonte e um em Brasília. Idealizado por Omar Marzagão e George Israel (Kid Abelha), eles esperam captar com o projeto R$2,5 milhões por meio de mecanismos de fomento à cultura via isenção fiscal, como a Lei Rounet. Serão apresentações de 90 minutos, sendo que durante 20 deles, a imagem do músico vai interagir com a banda e consequentemente com o público. O áudio será original, com registros vocais feitos pelo próprio cantor, o que reforçará a veracidade diante dos olhos e ouvidos da plateia. Definitivamente um grande espetáculo musical.
E para fechar o plano de homenagens, a vida e obra do cantor e poeta carioca também deve ser tema de uma exposição. Com abertura prevista para o fim do primeiro semestre, será possível conferir a mostra no Museu da Língua Portuguesa, localizado em São Paulo. A realização conta com o apoio da família dele, e através deste projeto, será possível ver de perto os manuscritos, objetos pessoais e passagens de sua história pessoal e profissional. Um prato cheio para quem acha que quando se trata de Cazuza, o tempo realmente não para...