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Rumo a “Houdini”: Os passos de Hugh Jackman no teatro musical

Hugh Jackman vem se consagrando entre as maiores estrelas de Hollywood e tem se mostrado merecedor desse “título” a cada novo projeto; Um homem multifacetado e cheio de talentos, o vencedor do Globo de Ouro 2013 na categoria de “Melhor Ator”, tem uma carreira marcada por grandes personagens, mas nem só de Wolverine, Charlie Kenton, Robert Angier, Van Helsing e Leopold vive o showman que além de brilhar nas telas, também brilha cantando e encantando. Hugh fez sua estréia na Broadway interpretando o cantor e compositor dos anos 70, Peter Allen, no musical “The Boy From Oz”, pelo qual recebeu o Tony em 2004; Em 2009 participou do “A Steady Rain”, com Daniel Craig; E em 2011, o palco do Teatro Broadhurst, em Nova York, o recebeu com seu espetáculo musical “Hugh Jackman: Back on Broadway”. Dirigido e coreografado por Warren Carlyle, durante duas horas e acompanhado por uma orquestra de 18 músicos, ele passeava por uma seleção de seus números musicais favoritos, relembrando sua vida e sua carreira.

Hugh JackmanO espetáculo começava com ele caminhando pelo palco e cantando à capella, com um leve sotaque de interior, a canção “Oh, What a Beautiful Mornin”, de Rodgers e Hammerstein, relembrando o clássico musical “Oklahoma” (Londres, 1998), em que viveu o vaqueiro Clury. No roteiro do show, uma diversidade de momentos, incluindo algumas homenagens à Nova York, como ao interpretar a canção “I Happen to Like New York”, de Cole Porter… Durante os números, demonstrava total sintonia com a dança, o que arrancava reações calorosas especialmente da plateia feminina; Acompanhado por seis dançarinas, encerrava o primeiro ato com uma versão sedutora de “Soliloquy,” Billy Bigelow’s, do musical “Carousel” de Rodgers and Hammerstein, o que acabava exigindo do segundo ato uma troca de figurino, dando mais ênfase ao clima, tirando a seriedade do início e trazendo mais sensualidade em seu decorrer, com cintilância e lamê dourado, ele interpretava o australiano Peter Allen, momento top do show, onde a coisa ganhava uma pitada de “erotismo” de forma sutil, e se intercalava com alguns números dos clássicos musicais que mais lhe marcaram, desde sua infância até os dias de hoje, incluindo uma versão especial de “Over the Rainbow”, o tempo do espetáculo se dividia entre tudo isso e textos divertidos – com algumas piadas – enquanto ao fundo do palco, em uma espécie de telão, vídeos em forma de montagem, mostravam os vários lados de Jackman, como filho, como pai e como profissional.

Segundo o site Access Hollywood, na última semana em que ficou em cartaz, o valor da venda de ingressos foi de US$ 2 milhões, batendo o recorde da bilheteria do local e dos outros 16 teatros ao redor da Broadway. Com apenas dez semanas de temporada, a peça que anteriormente passou por San Francisco e Toronto, teve um faturamento total de US$ 14,6 milhões, superou as expectativas do público e cumpriu com sua proposta inicial, que nada mais era do que conseguir uma aproximação entre ele e a plateia, de forma bastante intimista e pessoal… E apesar de todo sucesso, Hugh se despediu do espetáculo para poder viver Jean Valjean e soltar a voz no longa “Les Misérables”, que já lhe rendeu indicações e prêmios e onde vem agradando por sua interpretação completa.

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E agora, com o fim das filmagens, passado o boom de sua estreia, e com a finalização de alguns outros projetos paralelos, uma nova preparação vem ai, ele que já viveu um mágico no filme “O Grande Truque”, será o ilusionista húngaro Harry Houdini, no biográfico musical “Houdini”, que contará a história de batalha épica, entre o maior ilusionista do mundo e três mulheres que convenceram milhares de pessoas de quem eram capazes de falar com os mortos. Houdini, que foi considerado o primeiro “showman” da América, assombrou o mundo no início do século 20, polêmico, ficou conhecido por suas fugas de situações arriscadas e por desmascarar pessoas que afirmavam ter poderes sobrenaturais.

O dramaturgo Aaron Sorkin e o ilusionista Harry Houdini
O dramaturgo Aaron Sorkin e o ilusionista Harry Houdini

Na equipe criativa, nomes como Danny Elfman e Gleen Slater, todos sob a direção de Jack O’Brien, vencedor de três prêmios Tony, e escrito por Aaron Sorkin. A música e a letra do espetáculo ficarão por conta do compositor Stephen Schwartz, o premiadíssimo (3 Oscar, 4 Grammys, 6 Emmys e 1 Globo de Ouro) especialista em musicais (“Wicked” e “Pippin”). Acertado para sair do papel e chegar à Broadway na temporada 2013/2014. Hugh Jackman, já confessou a sites americanos ser um grande admirador do mágico, desde pequeno, e que vem se preparando a vida toda para vivê-lo, prometendo total dedicação na composição do personagem.

Então que seja um sucesso, mais um, desse carismático, talentoso e galante australiano!!

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