A atriz Helga Nemetik se prepara para dar vida a Claire, uma personagem que enfrenta os dilemas da maternidade em “Bare – Uma Ópera Pop”. A trama, que estreia em 1º de abril no Marte Hall, explora questões como identidade, sexualidade e os desafios enfrentados por jovens em busca de aceitação. Convidada por Diego Montez, diretor artístico e produtor do espetáculo, Helga viu na oportunidade uma chance de explorar um lado mais dramático de sua carreira, além de conciliar sua agenda, já que está em São Paulo com seu monólogo em circulação pelo Sesi. Confira a entrevista exclusiva para o B!.
“O convite veio em um momento em que busco personagens mais dramáticos. O fato de estar em São Paulo durante os ensaios e a temporada facilitou tudo. Foi uma combinação perfeita”, explica. Além disso, ela destaca a energia contagiante dos jovens talentos que compõem o elenco, muitos em suas primeiras experiências profissionais: “Eles são muito competentes e talentosos. É inspirador estar cercada de tanta juventude e energia. Quando estou com eles, me sinto jovem outra vez”.
Claire, sua personagem, é uma mãe que enfrenta conflitos internos enquanto tenta lidar com a sexualidade do filho, Peter. Helga descreve Claire como uma mulher complexa, marcada por traumas e expectativas. “Ela sofre por ter sido abandonada pelo marido, que deixou a família por não aceitar a sexualidade do filho. Isso a faz manipular, alienar e evitar conversas. Ela acredita que, se o filho desistir, talvez o marido volte. É uma personagem que foge da realidade porque não sabe como lidar com ela.”
Para interpretar Claire, Helga conta com a orientação da preparadora Mafê Alcântara, que trabalha intensamente na construção emocional da personagem. “Estamos desenvolvendo partituras de movimento e exercícios profundos que ajudam a explorar essa dualidade. Além disso, ouvir as histórias reais dos jovens do elenco sobre suas próprias mães tem sido um laboratório rico e emocionante.”
Ainda assim, ela reconhece que o maior desafio será conter suas emoções durante as cenas mais intensas. “Os números que Claire tem com Peter são tão lindos e tocantes que me emociono ao ponto de não conseguir cantar. Manter o controle será meu maior desafio”, revela ela, que, mesmo sem ser mãe, se considera uma pessoa maternal e conta ter buscado apoio nos relatos do elenco para aprofundar sua abordagem. “Eles me ajudaram com as histórias de suas próprias mães, o que me trouxe novas perspectivas para dar vida à Claire.”
Cultivando boas expectativas, Helga espera que o espetáculo alcance as famílias que vivem situações semelhantes à de Claire e Peter. “Quero que mães como Claire entendam o impacto devastador da falta de acolhimento. Esconder quem você é, mentir e não se aceitar por causa da rejeição familiar pode levar a consequências irreversíveis. Espero que o musical inspire mais amor e aceitação.”
Com uma história poderosa que aborda temas como amor, aceitação e os desafios da juventude, “Bare – Uma Ópera Pop” chega aos palcos brasileiros como uma oportunidade de reflexão e transformação. A montagem, que combina emoção, música e uma narrativa atemporal, promete marcar o público com sua intensidade e relevância. O espetáculo estreia no dia 1º de abril de 2025, no Marte Hall, em São Paulo. Os ingressos estão à venda no site Olha o Ingresso e na bilheteria do teatro.
