A Disney segue na sua busca por inovação e representatividade. Em 2018, os estúdios anunciaram a compra dos direitos da história de Sadé, a primeira princesa negra africana da companhia. A megacorporação do entretenimento comprou os direitos da história contada por Ola Shokunbi e Lindsey Reed Palmer, que apresentaram ao estúdio a história de uma princesa que descobre ter poderes mágicos e decide usá-los para defender seu povo.
Ainda não há muitos detalhes sobre a produção, como data de estreia e a forma como será veiculada – cinemas ou na plataforma de stream da companhia (uma espécie de “Netflix” da Disney). O que está definido até agora é que a estória ganhará vida na forma de um live-action, ao invés de animação. Outros nomes envolvidos no projeto são do nigeriano-americano Rick Famuyiwa, que assumirá a direção, e do produtor Scott Falconer.
Essa não é a primeira vez em que a Disney se aventura na temática da cultura africana para um lançamento. Talvez o exemplo mais retumbante seja a adaptação da animação “O Rei Leão” para os palcos, um grande sucesso do braço teatral dos estúdios, por anos em cartaz na Broadway e que já teve sua passagem pelo Brasil, estrelado por Tiago Barbosa – atualmente estrelando a produção espanhola, ou até mesmo o live-action que será lançado neste ano com um elenco estelar. Outro exemplo recente é o filme “Rainha de Katwe”, uma co-produção da empresa com o ESPN Films. O longa-metragem conta a história real de Phiona Mutesi, enxadrista nascida em uma favela de Uganda, que mesmo em meio às dificuldades ganha o título de Candidata Mestre nas Olimpíadas de Xadrez de 2010, sediadas na Rússia.
Os recentes lançamentos dos estúdios também vem focando na representatividade. Para a protagonista do live-action de “Mulan”, foi escolhida a atriz, modelo e cantora chinesa Liu Yifei. Já para o remake de “Aladdin”, o escolhido para o papel do jovem ladrão foi Mena Massoud, nascido no Egito em uma família de cristãos coptas.
Vale recordar também que Sadé não será a primeira princesa negra da Disney, título concedido à Tiana, protagonista da animação “A Princesa e o Sapo”, de 2009, que contava a história de uma jovem garçonete de Nova Orleans, nos Estados Unidos em 1912. O desenho, que no Brasil contou com a dublagem marcante da atriz Kacau Gomes, trouxe elementos típicos desta região dos Estados Unidos, como o jazz, a culinária e a religião representada por dois personagens: o Homem da Sombra (Dr. Facilier) e Mama Odie
*Com informações da Variety.