Em reta final de sua temporada em São Paulo, no Teatro Procópio Ferreira, a comédia musical “Os Produtores”, que retornou ao Brasil após 11 anos da primeira montagem, se despede neste fim de semana, seguindo direto para o Rio de Janeiro, onde fará sete apresentações de 13 a 22 de julho, no Vivo Rio.
Baseado no longa de 1968, o roteiro é escrito por Mel Brooks e Thomas Meehan e satiriza o universo do show business. Com 26 atores em cena, entre eles diversos nomes que estiveram na montagem de 2007, a produção é estrelada por Miguel Falabella – responsável também pela direção, Danielle Winits e Marco Luque – que faz sua estreia no Teatro Musical.
Conhecido por seu bom humor, especialmente à frente do programa CQC, onde ficou por oito anos, Luque, que já fez diversos trabalhos como dublador e locutor, desponta mesmo como ator após entrar para o elenco cômico de Terça Insana, onde apresentava diversos personagens, como o motoboy Jackson Five, o hippie Mustafary e o taxista Silas Simplesmente. No teatro atuou em espetáculos como “Tudo Pela Fama”, “Quando as Máquinas Param” e “O Auto da Barca do Inferno”, além de peças do dramaturgo Plínio Marcos; Com experiências também no cinema, pôde ser visto em longas como “Colegas”, “Muita Calma Nessa Hora 2” e “Talvez Uma História de Amor”; Já na TV, participou de humorísticos como Carga Pesada, Vai que Cola, e a nova Escolinha do Professor Raimundo.
Formado em Artes Plásticas pela FAAP, Luque chegou a tentar carreira como jogador de futebol, com uma passagem por clubes do ABC e também da Espanha, mas dentre suas várias aventuras profissionais certamente há um destaque para a atual imersão no universo dos musicais – que o fez até ter aulas de canto -, resultado de um convite especial de Falabella, após um encontro no programa Altas Horas, em que atualmente participa aos sábados.
Em entrevista exclusiva ao B!, o artista multifacetado conta sobre os prazeres e os desafios de dar vida ao contador Léo Bloom, com quem diz, entre risos, ter muitas familiaridades, já que através dele consegue se enxergar em muitas situações, como na questão da timidez e até mesmo da paquera.
“É um enorme desafio. Eu trabalhei por 12 anos sozinho nos palcos, então ter agora uma grande equipe, com dança, coreografia, canto, é muito diferente do que eu estava acostumado. Mas é isso que mais me instiga: aprender coisas novas, enveredar novos caminhos, é o que mais vale. Estou feliz demais. Fiquei sem palavras na hora do convite, haha. Participar de “Os Produtores” é um grande presente, agradeço muito pela oportunidade”, conta Luque.
E sobre as diferenças que sente ao se deparar com uma plateia de comédia stand-up, estilo de humor que domina, e uma plateia de teatro musical, onde a condução do texto e o improviso se dão de formas diferentes, ele diz: “O timing é diferente sim, são outros contextos e dinâmicas de apresentação. Lido com improviso de uma forma tranquila, no musical isso não tem muito espaço, porque o roteiro e alinhamento são muito importantes. Mas, caso precise, damos um jeito, o importante é a rapidez na hora de improvisar”.
Animado com este novo momento profissional, Luque conta que, antes de fazer parte de “Os Produtores”, sua relação com o Teatro Musical era unicamente de expectador, mas a boa experiência com esta ‘complexa’ arte, que une o canto, a dança e a interpretação, parece tê-lo despertado para novas possibilidades: “Sempre adorei musicais, assisti a alguns e ter hoje a chance de fazer parte de um é muito especial. Quero muito dar continuidade e participar de novos projetos”, finaliza.