Ontem, 23, o ator e diretor Tadeu Aguiar surpreendeu as redes sociais ao anunciar para 2019 a primeira montagem nacional do musical “A Cor Púrpura”. O espetáculo é inspirado no romance de mesmo nome publicado em 1982 por Alice Walker, vencedora de um prêmio Pulitzer pelo trabalho. A versão nacional será de Artur Xexéo e produção da Estamos Aqui. Ainda não foram comunicados nomes do elenco e data de estreia.
O musical segue a estória de Celie, uma mulher negra que vive no estado da Georgia no Sul dos Estados Unidos nos primeiros anos do século XX. Abusada pelo pai, dá luz à duas crianças e é forçada a se casar com um homem que a trata como escrava. O único conforto de Celie são as cartas escritas para sua irmã Nettie, missionária na África, e também para Deus. Sua vida muda a partir do encontro com outras duas mulheres – Sophia e cantora de blues Shug Avery.
Um fato curioso é que no livro, a autora omitiu a norma culta, colocando propositalmente erros gramaticais com o propósito de dar mais veracidade ao relato da protagonista e mostrar como a mulher negra era tratada no começo do século passado. A obra, que fala sobre machismo, preconceito racial e o lugar da mulher na sociedade chegou aos palcos da Broadway em 2005 pelas mãos de Scott Sanders, Quincy Jones e Oprah Winfrey. Dez anos depois, a produção voltou com Cynthia Erivo no papel da protagonista e a estreia de Jennifer Hudson na Broadway no papel de Shug Avery. Cynthia faturou um prêmio Tony de melhor atriz em um musical por sua atuação.
Antes de chegar ao teatro, “A Cor Púrpura” também foi adaptado para os cinemas, em 1985, direção de Steven Spielberg, Whoppi Goldberg como protagonista e Oprah Winfrey como Sofia. No ano seguinte, Whoppi recebeu um Globo de Ouro pelo desempenho no longa.
