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O Melhor do Tony Awards 2012 – Final – Melhores Momentos

Bom, vou encerrar hoje o especial sobre o Tony Awards, apresentando os melhores momentos da premiação. Hoje vamos ter muitos vídeos e a participação de famosos como Ricky Martin e Mathew Broderick. Para começar, que tal falar sobre os concorrentes de Porgy and Bess, na categoria de Melhor Remontagem? Vamos assistir a eletrizante apresentação de Josh Young como Judas, no revival de Jesus Christ Superstar. O ator concorreu ao lado de Steve Kazee, de Once,  Jeremy Jordan, de Newsies, Norm Lewis, de The Gerschwin’s Porgy and Bess e da dupla de Follies, Danny Burstein e Ron Raines. Eu confesso que quando vi os vídeos promocionais de JC Superstar com o Josh Young, achei que a voz dele era muito grave para o papel de Judas Iscariotes, mas depois de assistir minha opinião mudou drasticamente. Eu acho que o cara arrebenta. E a proposta dos revivals não é trazer uma releitura sobre os personagens? Vamos ao vídeo!

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Os figurinos dos personagens dessa montagem são outro destaque. JC Superstar é uma obra onde o anacronismo impera, há várias referências ao moderno e ao passado em uníssono. E as vestimentas dos personagens conseguiram transmitir essa mensagem. A túnica de Cristo, desenhada como um terno ficou ótima. O mesmo eu falo do visual de Herodes e de Pilatos. Os apóstolos tiveram roupas semelhantes às usadas em produções anteriores, assim como Maria Madalena. É uma pena que o musical tenha encontrado dificuldades para lotar o Neil Simon Theatre, na Broadway. A primeira apresentação foi em março e a última já tem data marcada para 1º de julho.

Agora vamos falar de Evita. Eu pensava que este musical venceria o prêmio de Melhor Remontagem, mas a participação de Ricky Martins não foi suficiente para agradar a crítica. Falando sobre ator, a apresentação do espetáculo na noite do Tony deveria ter sido mudada de “Evita” para “Che”. Porque escolheram um canção que tivesse o solo do guerrilheiro?

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Elena Rogers fez um grande trabalho como Evita, após ter interpretado a lendária primeira dama da Argentina no revival da peça em Londres, no ano de 2006. Bom, a tática dos produtores, como sempre, foi usar a “celebridade” para chamar a atenção para o show. No Brasil também é comum vermos alguns produtores usar a mesma estratégia. Não vou mencionar exemplos agora, mas muito gente conhece. Não crítico o trabalho de Ricky Martins, afinal não é a primeira vez do cantor na Broadway. O astro latino já interpretou Marius em Os Miseráveis. Na minha opinião, “Valsa para Eva e Che” seria o número ideal para o Tony, se a proposta era mostrar o talento dos dois dançando.

E por falar em famosos, Ricky Martins não foi o único a se apresentar na noite do 66º Tony. Mathew Broderick representou o musical Nice Work If You Can Get It, dos irmãos Gerschwin, na pele do playboy Jimmy Winter. A peça é ambientada em Long Island do início do século XX, durante a Lei Seca nos Estados Unidos, quando foi proibido o consumo e a fabricação de álcool no país.  Ao lado de Broderick está Kelli O’Hara, de South Pacific, no papel de Billie, uma “contrabandista” de bebidas. O musical é uma comédia e levou dois Tonys de Melhor Atriz e Ator Coadjuvantes, pela atuação de Michael McGrath e Judy Kaye.

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Nice Work If Can Get It é uma homenagem a uma Broadway de ontem, com números que lembram as apresentação do teatro de revista. O mesmo se pode dizer de Follies, espetáculo que concorreu ao Tony de Melhor Remontagem. O espetáculo conta a história dos musicais nos tempos das vedetes e dos “showmen”, na aurora dos espetáculos como os conhecemos hoje.

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Antes de fechar o post, não há como não mencionar alguns pontos. Primeiro, “a vingança do aranha”. Os produtores de Spider-Man, Turn Off The Dark ficaram aborrecidos por terem sido indicados em apenas duas categorias: Melhor Cenário e Melhor Figurino. Como protesto, no dia da premiação, 10 de junho, houve uma sessão extra do musical em Nova York, onde qualquer pessoa chamada Anthony, Tony, Toni, Antonio, Antonia ou Antoinette poderia entrar de graça. O show não agradou a crítica e passou por maus bocados, quando o ator que interpretava o Homem-Aranha despencou dos cabos no meio da apresentação. A produção do Tony não perderia a oportunidade de responder e o responsável pela réplica foi o próprio Neil Patrick Harris, pendurado no teatro.

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 Mr. Harris é sempre um show a parte, não é a toa que o ator foi convidado pela terceira vez para apresentar a premiação. Em 2012, foram muitas oportunidades de vê-lo cantando durante a cerimônia, como no medley com canções de vários musicais conhecidos. Mas não há como encerrar este post sem falar do prêmio especial que Hugh Jackman recebeu por colaborar com a comunidade teatral e por apoiar obras de caridade. O prêmio foi entregue pela própria esposa do ator,  Deborra-Lee Furness. Bom pessoal, ficamos por aqui, agora é só esperar o próximo ano para outra incrível apresentação. E você, o que achou do Tony Awards deste ano? Diga para nós!

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Cláudio Martins

Há mais de 10 anos, Fundador do A Broadway é Aqui! Jornalista com especialização em Marketing

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