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HAIR – Veja fotos de Rodrigo Simas e elenco da nova montagem do musical

Espetáculo ganha terceira versão brasileira a partir de julho no Rio de Janeiro

O musical Hair estreia no dia 4 de julho no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, em uma nova montagem dirigida por Charles Möeller e Claudio Botelho. A produção, realizada pela Aventura, marca o retorno de um dos títulos mais representativos do teatro musical dos anos 1960, com elenco formado por 30 artistas e canções eternizadas no teatro, rádio e cinema: Aquarius e Let the Sunshine In.

Ao longo das últimas décadas, tornou-se uma das principais referências do movimento cultural e comportamental que transformou o mundo nas décadas de 1960 e 1970. Após estrear em um pequeno teatro off-Broadway em 1967, o musical rapidamente ganhou projeção internacional, deu origem a um filme homônimo, diversas montagens ao redor do mundo e atraiu uma legião de admiradores de diferentes gerações. Quase seis décadas depois, uma nova montagem brasileira chega aos palcos para reafirmar a força e a atualidade desse fenômeno.

Nova produção assinada por Charles Möeller e Claudio Botelho

Sob a direção de Charles Möeller e Claudio Botelho e com produção da Aventura, de Aniela Jordan e Luiz Calainho, o espetáculo — apresentado pelo Ministério da Cultura e BTG Pactual, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da B3, Riachuelo e Odontoprev, e apoio da Estácio e do Instituto YDUQS — estreia no dia 4 de julho no Teatro Riachuelo Rio.

No palco, trinta atores interpretam canções que ultrapassaram os limites do teatro musical e se tornaram conhecidas em todo o mundo, como Aquarius e Let the Sunshine In. Parte do elenco foi selecionada por meio de audições abertas, que atraíram milhares de candidatos de todo o país no início deste ano.

Os papéis principais são interpretados por Rodrigo Simas (Berger) e Eduardo Borelli (Claude). Completam o elenco Estrela Blanco (Sheila), Thati Lopes (Jeannie), Drayson Menezes (Hud), Giovanna Rangel (Crissy), Beatriz Martins (Dionne), Pietro Dal Monte (Woof), Thuany Parente (Sarah), Vinicius Cafer (Peter), Wagner Lima (Margaret Mead) e Rafa Vieira (Hubert), além de Gabi Porto, Murilo Armacollo, Celso Luz, Milena Mendonça, Vicenthe Delgado, Gabriel Vicente, Andreina Szoboszlai, Caio Nery, Carol Lippi, Felipe Mirandda, Fiu Souza, Gabriel Querino, Henrique Reinesch, Kabelo, Karine Bonifácio, Lola Borges, Lolo Fraga e Tai Martins.

Criado por Gerome Ragni e James Rado, o texto de Hair levou três anos para ser finalizado, durante um período em que os autores absorviam as inúmeras transformações sociais e culturais que estavam em curso. O compositor Galt MacDermot juntou-se ao projeto no fim de 1966 e, em apenas três meses, escreveu toda a trilha sonora do espetáculo, marcada por influências do rock e da música popular da época.

Símbolo do movimento hippie, Hair espelha os dilemas e desejos do final dos anos 1960: a busca por novas formas de viver, o questionamento da guerra e das estruturas de poder, e a valorização da liberdade individual. Sua mensagem de amor, diversidade e resistência permanece atual e ressurge nesta nova produção brasileira com renovado vigor.

Montagens brasileiras de “Hair”

A primeira versão brasileira de Hair estreou em 1969, Teatro Bela Vista em São Paulo, com direção de Ademar Guerra. A montagem, que teve grande repercussão na época, contou com nomes que mais tarde se tornariam figuras centrais da televisão e do teatro nacional, como Ney Latorraca, Antonio Pedro, Sônia Braga e Francisco Cuoco.

Em meio à censura imposta pela ditadura militar, a encenação provocou intensos debates e enfrentou cortes do regime, mas ainda assim se manteve em cartaz por meses, consolidando-se como um marco da contracultura no Brasil.

Já em 2010, o musical voltou aos palcos brasileiros sob nova roupagem, com montagem dirigida também por Charles Möeller e Claudio Botelho. Esta versão estreou no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, e posteriormente seguiu em turnê por outras cidades. Atualizando questões sociais e de linguagem, a produção foi elogiada por preservar o espírito libertário da obra original, ao mesmo tempo em que dialogava com um novo público, ampliando sua relevância no cenário contemporâneo do teatro musical.

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Cláudio Martins

Há mais de 10 anos, Fundador do A Broadway é Aqui! Jornalista com especialização em Marketing

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