Um clássico poderá ser apreciado novamente no Rio de Janeiro em 2017. Trata-se da montagem de “A Noviça Rebelde” (“The Sound of Music”, de Oscar Hammerstein e Richard Rodgers), produzida em 2008 por Claudio Botelho e Charles Möeller. O retorno foi confirmado hoje na coluna do Alcemo Gois, do jornal O Globo. Não foram apresentados ainda nomes para o elenco e produção, que estreará em julho do próximo ano.
Eternizado pelo filme de 1965, responsável por lançar ao estrelato a atriz Julie Andrews, “A Noviça Rebelde” estreou originalmente na Broadway em 1959, tendo Mary Martin no papel de Maria. A produção faturou cinco estatuetas no Tony Awards (incluindo melhor musical), maior premiação do Teatro dos Estados Unidos. A versão cinematográfica não ficou atrás também e foi premiada em cinco categorias no Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor montagem, melhor som e melhor trilha sonora.
No Brasil, a produção realizada por Claudio Botelho e Charles Moëller em conjunto com a Aventura Entretenimento, estreou em 2008 e celebrou a reabertura do Teatro Casa Grande (hoje, Oi Casa Grande). Tal qual Julie Andrews ficara marcada pelo Maria da doce e divertida Maria, ocorreu com sua intérprete nesta produção brasileira: Kiara Sasso, lembrada até hoje pelo papel. A montagem chegou a ganhar CD com as versões nacionais, assinadas por Botelho.
A produção também lançou alguns nomes que hoje despontam nos musicais atuais, como Malu Rodrigues, Carol Puntel, Elton Towersey, Davi Guilhermme, Felipe Tavolaro, André Torquato, Larissa Manoela, Estrela Blanco e Sofia Viamonte. A produção teve ainda a participação de Herson Capri e Saulo Vasconcellos no papel do Capitão von Trapp.
A produção alcançou tamanho sucesso no Rio de Janeiro, que no ano seguinte seguiu para São Paulo, não sem antes algumas surpresas. Como conta Claudio Botelho, no site de sua produtora, os direitos para produção na capital paulista haviam sido adquiridos por terceiros.
“Era hora de galgar um outro patamar em termos de produção, depois de tantos anos de experiência. Os direitos da peça não estavam liberados, alguém tinha comprado para o Brasil, mas falei que estava interessado e eles me pediram três meses até decidir. Foram feitas várias exigências, mas tínhamos uma boa carta de recomendação, éramos relativamente conhecidos pelo pessoal da Rodgers & Hammerstein que detém os direitos do musical. Não sei quem ia fazer aqui, mas seja lá quem for, desistiu e nós éramos os primeiros da fila. E conseguimos os direitos para montar A Noviça Rebelde”, explicou Claudio Botelho.
Fonte: Site Möeller Botelho.