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“A Madrinha Embriagada” se despede em São Paulo

Depois de 11 meses de temporada, com 325 apresentações gratuitas, e 1.100 horas em cena, um time de 25 estrelas e 14 músicos se despediu na noite de ontem, 29, de uma temporada feliz e bem sucedida. O objetivo dos responsáveis havia sido atingido com sucesso.
Graças ao projeto, do Atelier de Cultura, em parceria com o SESI-SP e a FIESP, cerca de 150.000 espectadores tiveram a oportunidade de assistir um espetáculo de qualidade, recheado de grandes nomes, e que se tornou um excelente cartão de visita ao universo do teatro musical para muitos que tinham ali, um primeiro contato com ele. “A Madrinha Embriagada”, do original “The Drowsy Chaperone”, fincou sua bandeira na história.

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Durante 110 minutos, os aplausos intensos, às vezes de pé, e até mesmo fora de hora, deram o tom da noite, que certamente foi de emoção pelo clima de despedida. A plateia se mostrou afiada e muito participativa, e não conteve a “necessidade” de interagir com o elenco, e se mostrar craque nas letras das canções, acompanhadas muitas vezes junto com os atores, em alto e bom som. Os “embriagados”, como ficaram conhecidos, deixaram ali sua marca, em homenagens que surpreenderam, emocionaram e até tiraram a fala dos divertidos convidados do quádruplo casamento, na casa da D. Francisca Jafet.

Fugindo do texto em alguns momentos, atores como Frederico Reuter e Saulo Vasconcelos não perderam a oportunidade de mencionar – já com saudosismo – a frase “pela última vez” durante suas falas, o elenco, que usou e abusou de brincadeiras entre eles, arrancou gargalhadas do público, e pela primeira vez em quase um ano, o “Homem da Poltrona” pôde trocar sua “barrinha de cereal”, saboreada sempre durante o falso intervalo, por um bolinho apetitoso, graças a um espectador, que lhe deu de presente.

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O projeto, que conquistou centenas de fãs, por muitos foi visto dezenas de vezes. É o caso da “embriagada” Priscila Carvalho, talvez a espectadora mais assídua, que por 80 vezes ouviu os sinos da capela tocarem para anunciar a grande festa.
E sobre a importância do musical, e o lamento do encerramento, ela diz:

“Despedida é sempre difícil, principalmente quando é algo que você ama tanto, é meu caso com A Madrinha Embriagada… Acompanho esse musical desde sua estreia, em agosto de 2013, e desde então não parei de ir mais. Amo cada música, cada personagem, e saber que agora tudo acabou é difícil. Pude, na noite do dia 29/06, me despedir dos meus personagens favoritos, cantar as músicas com eles e assim dizer o meu adeus a esse musical que por 11 meses me fez tão feliz, mas como nada é para sempre, fica aqui minha saudade e as recordações mais lindas de um dos melhores e mais felizes dias da minha vida!”.

Ao final da apresentação, o ator, diretor do Atelier de Cultura, e diretor geral da produção, Cleto Baccic, agradeceu emocionado pelo sucesso da temporada e a cada um que contribuiu para a realização de seu sonho. E ao lado de sua irmã e sócia, Noedja Baccic, chamou ao palco a superintendente do Sesi-SP, Débora Botelho, que recebeu pelas mãos dele, e do diretor cênico associado, Floriano Nogueira, os “livros”, que os americanos chamam de “Bíblia”, e que permitem que o espetáculo seja remontado, com o apoio da instituição e da Fiesp.

Com uma entrada triunfal, o diretor e versionista, Miguel Falabella subiu ao palco pelo elevador, e discursou em agradecimento, mencionando também o até então presidente da Fiesp, Paulo Skaf, grande apoiador do projeto.

 A Madrinha Embriagada foi um momento especialíssimo na vida de todos nós. O teatro musical chega com mais facilidade que outros gêneros ao coração das pessoas”, disse o diretor Miguel Falabella durante o encerramento da apresentação.

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Em seguida, convidou para também receber os aplausos, a autora das músicas e letras, a americana Lisa Lambert, que veio ao Brasil especialmente para prestigiar o momento, e em tom de comoção e alegria disse:

Essa foi a performance mais emocionante que eu já vi do espetáculo. Nunca fui tão tocada pela peça quanto esta noite”.

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A grande festa se encerrou com elenco, equipe criativa, técnica e assistente no palco, uma turma que sob a chuva de papel picado, deu adeus a um grande espetáculo. E que venha setembro, com o “O Homem de La Mancha”, conquistando o mesmo feito, e abrilhantando o mesmo palco.

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Leia também:

Por dentro de “A Madrinha Embriagada” (Backstage e Tour)

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