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Grupo “Cantrix” apresenta repertório de Gilberto Gil no Paris 6 Burlesque

O grupo “Cantrix”, formado pelas atrizes e cantoras – conhecidas do teatro musical -, Renata Ricci, Lívia Graciano, Yael Pecarovich e Luciana Bollina, se apresenta no espaço Music Hall do Paris 6 Burlesque, em São Paulo, no dia 05 de setembro. Reunindo antigas amigas e retomando de forma independente uma história que se iniciou há mais de 10 anos, em um concurso de formação de banda feminina, o grupo, que já passou por algumas formações, se reencontra agora em um novo momento, mas ainda como um quarteto vocal feminino, pouco tradicional e menos ainda formal. Embaladas pelo repertório de Gilberto Gil, elas escolheram sucessos do cantor para cantar e contar sobre a força da mulher em uma nova proposta, essencialmente feminista, com um show repleto de história e atitude.

Desta vez o grupo vem com um objetivo muito claro em mente: Formar um ‘time’ composto por mulheres para muito além do palco. A atriz e cantora Renata Ricci, que entre idas e vindas é a única a integrar o grupo desde sua formação – e que neste retorno assume também a produção dos shows, deixa claro a importância de buscar por mulheres trabalhando em cada função por trás da cortina, seja ela técnica, criativa ou artística. “A maternidade me fez admirar muito mais as mulheres e enxergá-las de uma outra maneira. Comecei então a ficar incomodada por me sentir apenas proclamando o discurso feminista e não fazendo nada efetivo a respeito. Percebi que a melhor maneira de empoderar uma mulher é dando um lugar para ela”, diz Renata.

Cantrix - Foto Paola Prado
Grupo Cantrix – Foto: Paola Prado

Decididas a encontrar um setlist que tivesse como foco principal um ‘discurso’ musical atual, o processo de imersão em diversas referências logo conectou as cantrizes ao universo de Gilberto Gil, porém despertou nelas uma dúvida pontual: ‘Seguir com o conceito do feminino e apresentar canções de uma potência como Madonna, ícone de luta pela liberdade sexual, ou manter Gilberto Gil e toda a identificação com o momento do grupo?’. A decisão ficou por conta da essência do ícone baiano, que em seu repertório conceitual tem por hábito lançar um olhar delicado sobre as relações e as pessoas, além de seu histórico musical e pessoal com relação as questões de gênero.

Ao longo do show, canções consagradas são costuradas por um enredo cênico, muito mais real do que ficcional, e passível de um bom improviso – o que condiz com o novo ritmo do quarteto, que, fora do palco, encara a vida corrida da mulher que, além de artista, por vezes atua como mãe, filha, esposa e amiga.
E é justamente contando um pouco de si e de suas experiências, que cada uma delas revela sua identidade mais sincera em um show-teatral cheio de música brasileira e feminilidade, e que busca, em tempos de empoderamento, colocar luz de maneira leve sobre questões importantes, saindo do já conhecido discurso e ressaltando aquilo que uma das canções do próprio Gil assegura: “Novo tempo sempre se inaugura…”.

Em espirito coletivo, o quarteto compartilha os créditos da direção, dos figurinos, do roteiro e até dos arranjos do show, e divide o palco com um banda também formada por outras quatro mulheres: Roberta Kelly (Bateria/Percussão), Gê Ruiz (Baixo), Nina Novoseleck (Sopro) e Eliane Pelegrini (Piano).

SERVIÇO:

Onde: Paris 6 Burlesque | Music Hall
R. Augusta, 2809 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01413-100
Quando: 05 de Setembro – Quarta-feira | Horário: 21h
Quanto: R$70 (inteira) R$35 (meia-entrada)
Vendas: Ingresso Rápido e Bilheteria Local
Duração: 70 Minutos
Classificação do Show: Livre


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Grazy Pisacane

Jornalista Cultural e Assessora de Imprensa, especializada há 10 anos no mercado de teatro musical.

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