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Com canções e dramaturgia próprias, “Só Por Hoje – O Musical” traz para o palco o problema da adicção

O teatro musical no Brasil dá mais um passo na criação de dramaturgias próprias com a estreia de “Só Por Hoje – O Musical“, que estreia nesta semana no Rio de Janeiro. Com texto e canções próprias, o espetáculo conta a história de Norma, uma mãe que se vê as voltas com problemas relacionados ao vício e durante sua estadia em uma clínica de reabilitação encontrará na arte razões para superar a dificuldade e estar novamente com sua família.

Thainá Gallo interpreta Norma, protagonista do espetáculo

O texto e as letras das canções de Tiago Rocha surgiram a partir de uma pesquisa com o diretor Reiner Tenente, que baseado no processo utilizado pelos norte-americanos para criar espetáculos musicais uniu artistas ( coreógrafo, atores, diretor, compositor )  dentro de uma sala de ensaio para criar uma obra original com alunos/atores  de um curso de Teatro Musical no Sesc. De lá para cá o roteiro passou por algumas alterações em um processo colaborativo onde tanto o time criativo quanto o elenco puderam participar da criação do musical.

Eu estava movido por um desejo de fazer uma pesquisa sobre musicais com conteúdo artístico que me interessavam e que passaram pelo método do workshop. Eu dividi esse desejo com o Tiago (Rocha), um grande amigo e que acompanhou muita coisa da minha vida. Convidei ele para esse projeto. Nós queríamos tocar nesse tema da adicção, da valorização da vida e das escolhas que as pessoas precisam lidar em suas jornadas. Nisso eu compartilhei também um pouco da minha própria história e da experiência com a minha mãe, que tem o mesmo nome da protagonista e mesmo sendo muito presente, passou por  problemas semelhantes aos apresentados na peça. Nós temos um jogo de palavras com o nome da personagem, falando sobre “normas” e sobre as escolhas que ela deve fazer para cumprir essas regras” conta Reiner Tenente, diretor do musical, em entrevista exclusiva ao B!

Com um time misto, que tem em seu grupo alunos e ex-alunos do Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical (CEFTEM), dois elencos se revezarão no palco, compostos pelos atores Ana Elisa Schumacher, Ana Rosa Nery, André Guedes, Amanda Falconi, Caio Lisboa, Camila Matoso, Daniel Haidar, Fabio Cadorin, Fernando Leão, Flavio Fusco, Flora Menezes, Gabriela Tavares, Gabriella Levaskevicius, Hamilton Dias, Isadora Guenka Campolina, João Castro, Jordan Cardoso, Kaique Lopes, Karina Swaelen, Katia Oliveira, Libi Maurey, Marianna Alexandre, Milene Cauzin, Murici Lima, Nando Brandão, Rafael Chapouto, Tatiana Santorelli, Tecca Ferreira, Thainá Gallo, Ticiana Saldanha, Tuca Muniz, Wilson Granja.

Trilha sonora própria servindo à dramaturgia

Com uma canções originais, criadas em conjunto por Tiago Rocha e João Bittencourt, as músicas buscam ajudar a contar a história. “O fato de as letras serem escritas como texto da peça, a música não se desloca do roteiro original, não fica parecendo forçado. O João, que é um músico de teatro com experiência, teve também a expertise de compreender o que a música em si, não só a letra, precisa para fortalecer a cena“, explica Reiner.

No palco, a música (e por conseguinte a arte) novamente surge como protagonista, quando a personagem principal precisa ensaiar com os outros internos da clínica um número musical. Dessa forma, o roteiro busca uma valorização da profissão do artista, tão desvalorizada por conta da instabilidade político-financeira vivida no país.

Serviço

Quando: Quinta a sábado, às 19:30 – De 4/05 a 27/05

Onde: Teatro Serrador – R. Senador Dantas, 13 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20031-202

Quanto: R$40 inteira, R$20 meia

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Cláudio Martins

Há mais de 10 anos, Fundador do A Broadway é Aqui! Jornalista com especialização em Marketing

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