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Saiba detalhes da versão musical de “Lua de Cristal”, da UNIRIO

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Faltam menos de 15 dias para a estreia do musical “Lua de Cristal”, uma produção acadêmica da UNIRIO inspirada no filme de maior sucesso da apresentadora Xuxa. O espetáculo comemora os 25 anos de lançamento do longa e traz em seu roteiro algumas mudanças em comparação ao filme, como por exemplo, a vilã Zuleika, vivida no longa pela atriz Marilu Bueno, no palco será interpretada pelo ator Kaíque Lopes, inspirado em obras como “O Mistério de Irma Vap” e “Hairspray”, espetáculos onde homens interpretam papéis femininos.

Os atores Zé Junior e Victoria Pozzan formam o casal de protagonistas Bob e Maria da Graça, vividos originalmente por Sérgio Malandro e Xuxa. Após o processo de audição, 23 atores foram escolhidos para o elenco da produção que, além de trazer as canções do longa para o palco (nem precisamos falar no sucesso homônimo “Lua de Cristal), contará com outros sucessos da rainha dos baixinhos, como “Doce Mel”.

Conheça o elenco:

Confira abaixo uma entrevista exclusiva com Pablo Lyra, diretor e idealizador do espetáculo e saiba como você pode ajudar nessa produção, que estreia no dia 08 de julho.

B!: Como surgiu esse projeto? Como foi o processo para transformar a linguagem do filme para os palcos? E a questão dos direitos?

Pablo Lyra: A pesquisa inicialmente faria parte de um projeto de extensão da Unirio voltado ao estudo e a investigação do desempenho da voz do ator. Queríamos trabalhar com um conto de fadas genuinamente brasileiro, e então descobrimos que este ano “Lua de Cristal” faria 25 anos, sendo este um elemento impulsionador a escolha do tema. Porém, houveram mudanças no projeto, e passou a ser uma pesquisa discente minha chamada “Lua de Cristal – Unirio: Um exercício de adaptação cênica”, paralela ao curso de Direção Teatral da UNIRIO, o qual sou aluno. A pesquisa passou a ter um foco na transposição da linguagem de filme para a linguagem cênica, através dos exercícios de Viola Spolin. O processo consiste em trabalhar os atores em exercícios de arte-educação, que melhoram seu desempenho na voz, movimentos, coordenação e espacialidade. Primeiro trabalhamos os exercícios no canto, dança e atuação separadamente, e depois juntamos tudo na forma de espetáculo e o trabalho está sendo feito de forma holística. Quanto aos direitos, a pesquisa está protegida pela Lei de Direitos Autorais e pela Constituição Federal, pois não ofende os direitos de autor e almeja promover o acesso aos bens culturais e à educação, além de garantir o pleno exercício dos direitos culturais, sendo também assegurada constitucionalmente a liberdade de expressão da atividade intelectual e artística dos envolvidos no projeto, independente de censura ou licença.

B!: Durante a seleção, quais critérios vocês levaram em conta para escolher os atores responsáveis por interpretar rostos tão familiares do público brasileiro?

PL: Basicamente, a escolha foi feita em cima do desempenho e talento individual de cada um, sem estereótipos! Na verdade, a intenção da nossa pesquisa é quebrar também os paradigmas que já foram estabelecidos pelo filme, isso levando em consideração a época em que foi rodado. Ou seja, não teremos só paquitas loiras, teremos um paquito negro, nossa Lindinha não é magra, nossa tia Zuleika é interpretada por um ator! Isso será visto até mesmo em nossas Marias da Graça (Sim, serão duas que se revezam em diferentes dias), que não são exatamente parecidas com a Xuxa. Na contra mão, coincidentemente nosso ator escolhido para ser o Bob, é bem parecido com o Sergio Mallandro, tanto na ficção quanto na vida real!

B!: Quantos inscritos vocês receberam para fazer parte do elenco?

PL: Recebemos 500 e-mails com atores e atrizes de todo o brasil querendo participar de nossa seleção! Foi uma loucura responder a tanta gente! Destes, selecionamos 60 que estavam dentro dos padrões mínimos que a pesquisa exigia, lembrando que naquela época, ainda era uma pesquisa e investigação sobre a voz. mas isso, não afetou em nada após a mudança do viés da pesquisa! Foram escolhidos 23 atores!

B!: E sobre os desafios relacionados à construção do espetáculo, como vocês estão lidando?

PL: É um grande desafio, pois sendo uma pesquisa discente não recebemos qualquer ajuda financeira da UNIRIO, como outros projetos e programas de extensão da universidade recebem, para confecção de figurinos ou cenários, materiais para iluminação, microfones, programas do musical e etc. Recebemos somente a ajuda de pessoas que se identificaram com nossa pesquisa, e na verdade estamos abertos a quaisquer tipo de parceria que possam ajudar a melhorar nossa pesquisa. Estamos correndo contra o tempo, pois nem sempre as salas da universidade estão disponíveis pra ensaios, e agora faltam bem pouco pro dia da estreia.

B!: A “rainha dos baixinhos” já se manifestou a respeito do projeto? Como foi a recepção dela?

PL: A Xuxa não se manifestou publicamente sobre nossa versão para os palcos de Lua de Cristal, porém já chegou aos nosso ouvidos que ela já tem o conhecimento de que vai acontecer! Quem sabe ela não resolve aparecer em algum dia de espetáculo, “sonhos sempre vem pra quem sonhar..” né?
Quanto ao Sergio Mallandro, ele está muito animado com nosso espetáculo e já confirmou sua presença em nossas apresentações, inclusive convidou os atores e direção pra fazer uma participação no seu “Stand Up do Mallandro”, com direito a uma reportagem do TV Fama da RedeTV registrando esse divertido encontro!

B!O que o público poderá esperar do espetáculo na estreia?

PL: Devem esperar um espetáculo lindo, montado com muito amor por pessoas muitos talentosas! Devem também esperar por uma releitura do filme “Lua de Cristal” e não uma cópia fiel, com novas músicas, personagens e tramas não desenvolvidas no longa metragem! E acima de tudo, esperar ver um lindo conto de fadas acontecer diante de seus olhos, ver que os sonho podem sim se tornar realidade!

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2 Comentários

  1. Uma linda ideia, pena que o diretor é um fdp que não vale muita coisa e passou por cima de muita gente para conseguir tudo o que quer.
    Cuidado Sr diretor de Lyra não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador.

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