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Elenco de “Tudo por um Pop Star” conta loucuras que já fez por ídolos

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Sucesso entre o público adolescente carioca, o musical “Tudo por um pop Star” conta a história de três amigas que partem de Resende, no interior do Rio de Janeiro, para assistirem ao show da banda “Slavabody Disco Disco Boys“. O espetáculo é baseado no livro de Thalita Rebouças e  dirigido por Pedro Vasconcelos e Marco Bravo, com direção musical de Jules Vandystadt. A peça encerra sua temporada neste fim de semana e  fica em cartaz em dois teatros na capital carioca: às quintas, no Centro Cultural João Nogueira, no subúrbio da cidade, e sábado e domingo no Teatro Clara Nunes, na Gávea.

A peça faz rir ao demonstrar situações cômicas que fãs de celebridades passam para tentar um segundo sequer ao lado de seus ídolos. O elenco conta com rostos novos na cena do teatro musical carioca, mas nem por isso menos talentosos ou inexperientes. As três protagonista Ritinha, Manu e Gaby são interpretadas por Larissa Bougleux, Thati Lopes e Jullie ( Juliana Vasconcelos), ao lado da esotérica Babete (Thais Belchior).  A boy band fictícia ganha vida na interpretação do trio Christian Villegas, Igor Pontes e Raphael Rossatto, que também interpretam outros personagens secundários na trama, acompanhados de Gabi Porto, Marco Bravo e Rosana Chayin.

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Jules Vandystadt, diretor musical de “Tudo por um Pop Star

Engana-se quem pensa que por ser um musical para adolescente, o repertório de canções contenha apenas menções a boy bands do momento. “Quando recebemos o texto tínhamos apenas umas sugestões de canções. Tivemos de criar praticamento do nada o roteiro musical do espetáculo. Nossa dúvida era se seriam músicas compostas, tradução de canções estrangeiras ou outra forma. Esse musical é voltado para o público adolescente e o seu repertório muda muita rápido. Daqui há seis meses o espetáculo estaria ultrapassado. Então a solução foi usar grandes clássicos de adolescentes de todas as épocas, porque metade das pessoas na platéia são pais que trazem os filhos ao teatro. 

O espetáculo tem canções do “One Direction”, que é a banda do momento, passando pelos “Four Seasons”, da década de 1940, terminando com “Tempos Modernos”, do Lulu Santos” explica Jules Vandystadt, responsável pela direção musical de Tudo por um Pop Star.

Elenco versátil se desdobra em mil papéis
A direção do musical realizou  pequenas audições antes da estreia em janeiro para selecionar o elenco. Os ensaios foram puxados, com apenas uma folga semanal, envolvendo atuação, dança e musicalização todos os dias. Mas não foi apenas o cansaço um dos desafios a ser vencido pelos elenco.

igor-pontesNo começo, a maior dificuldade para mim era falar com o sotaque norte-americano dos trio Slavabody Disco Disco Boys, porque, por uma escolha da direção os personagens mantinham o sotaque em todo o momento no texto, quer seja cantando ou falando Acreditamos que ajuda a criar essa fantasia no público de que os cantores são de fato ‘estrangeiros’. A outra dificuldade para mim foi montar o Davi (um amigo gay afetado de Babete que mora no Rio de oferece o apartamento para as meninas se hospedarem) que é um personagem absolutamente distante do primeiro que eu interpreto no trio, o Julios. O processo foi bem orgânico, construído aos poucos, comenta Igor Pontes.

tathiJá para Thati Lopes, um dos principais desafio foi voltar a ter 14 anos. “Eu tenho 24 anos e tive que voltar no tempo e me transformar de volta em uma menina com essa idade. Eu assisti vídeo de fãs quando encontram seus ídolos, conversei muito com minha irmã de 13 anos para ajudar a compor a personagem“, diz a atriz.

Para Gabi Porto, o desafio é em dose tripla. “A parte mais difícil para mim foi aprender gabios três papéis, porque além dos diversos pequenos papéis apresentados durante o musical, eu tenho que estar atenta para me transformar em cada um, construindo um corpo e uma voz para cada um deles foi desafiador“.

Além dos desafios implícitos à rotina de qualquer artista, Larissa Bougleux, a mais jovem larissaintegrante do elenco teve que conciliar as apresentações com os estudos. “Quando começaram os ensaios eu ainda tinha aulas, então unir a rotina de estudante com a parte de criar o meu personagem foi bem complicado mesmo no começo, mas a gente deu um jeito” diz a atriz, em meio a risos.

Atores também sabem tietar
Assim como os seus personagens na trama, o elenco também se lembra das loucuras que já fez para chegar mais perto de seus ídolos. Divirta-se com as inusitadas lembranças das situações que cada um viveu!

thaisThaís Belchior: “Eu já fiz várias loucuras por gostar de Back Street Boys! Eu já dormi na porta do lugar do show, mas não deu certo. Já cheguei as seis da manhã em uma das apresentações do grupo, fiquei na grade o dia todo e desmaiei. Precisei ir ao posto médico e depois chorei não porque passei mal, mas por ter perdido o show!  Já levei cartaz de papel crepon para o show dos Back Street Boys e quando uma pessoa da limpeza estava passando a mangueira molhou o meu cartaz, desmanchando ele e me sujando toda de preto!

julieJullie: Eu fui na rádio pedir ingressos para o show de Sandy e Júnior, falei que eu cantava também e na hora não me deram ingressos. Mas depois eu recebi uma ligação ao vido da rádio e ganhei!

 

crisCris Villegas: Eu fui no show do Michael Bublé e eu queria muito cantar  lá em cima junto com ele. Quando eu vi que ele chegou mais perto do palco eu saí de trás onde estava, roubei o lugar de uma senhora e fiquei acenando para ele com o celular e no final do show consegui furar a segurança e ficar mais perto dele.

rafaelRafael: Eu desde garoto sempre fui apaixonado pela Sandy, quando eu tinha uns 14 anos eu escrevi uma música para ela e fiz uma carta-poema para ela , que eu gravei narrando e mandei com um CD. Talvez nunca tenha chegado até ela, mas se tivesse chegado quem sabe a gente não estaria junto hoje?

Formação de plateia para o teatro

Segundo co-diretor do musical, Marco Bravo, que também faz parte do elenco, o grande mérito de “Tudo por um Pop Star” é formar plateia para o teatro, sobretudo o musical, criando um laço com a audiência. Outro objetivo da peça é levar o gênero musical para fora dos limites da zona sul do Rio de Janeiro, conquistando novos amantes do gênero, ainda que estejam na adolescência.

marco_bravoNão passa despercebida pela produção, as diferenças entre os os públicos que frequentam o Imperator -Centro Cultural João Nogueira, no Méier, e o Teatro Clara Nunes, na Gávea. “Como o público da zona norte não tem espetáculos disponíveis com tanta frequência, eu acredito que o pessoal dessas localidade se entrega mais. A plateia que assiste ao musical na Gávea já está acostumado com teatro, fica mais comportada e contida ao  lado dos pais. Pode ser também a questão do espaço, pois como o Imperator é um palco para show, é possível que o impacto seja maior no público.

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