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Juliana Peppi: a psicóloga que “deixou o sol entrar”

Juliana Peppi, nascida em 29 de junho de 1984, é profissional de canto erudito e popular desde os 15 anos. Estudou Psicologia pela Universidade São Marcos em 2006 e em 2009 especializou-se em Musicoterapia pela Uni FMU, mas apesar do seu gosto e dedicação pela área, a veia musical acabou pulsando mais forte… Nesse meio tempo, ela que estudou canto durante 6 anos no Conservatório Souza Lima, se viu cruzando um novo caminho. Em 2007, ela foi responsável pela preparação vocal do espetáculo “Noite Celta”, no Teatro Cultura Inglesa; Em 2008Rafael Dantas, na época seu professor do curso de Interpretação, criou um musical especialmente para os alunos e com texto e direção dele, Juliana protagonizou o espetáculo “Deu a Louca nos Musicais”, no Teatro Clube Banespa; Em 2010 foi responsável pela Direção Vocal do musical “Ópera do Malandro”; E em 2011 tratou de buscar novos aprendizados, viajou para Nova York onde participou de um curso de teatro musical no Pearl Studios, organizado pela StudentsLive – Leading Broadway Education Company e pela 4ACT Performing Arts. Sua bagagem se complementa com aulas de Jazz no Estúdio 3, com o professor Isarel e coaching de dança com Guto Muniz… Daí em diante, com tudo isso, para chegar aos renomados palcos de São Paulo foi um pulo. [youtube=http://youtu.be/jYDq4Kd3cnc] Ainda em 2011, estreou em Setembro, no Teatro das Artes o musical “Quem inventou o amor foi Roberto Carlos”, com a direção de Cristina Trevisan e direção musical de Celso Rangel. Naturalmente recheado de números musicais embalados por sucessos do Rei, Juliana integrou o elenco como backing vocal da banda, que durante todo o espetáculo contou cantando os altos e baixos de um jovem casal enamorado através de clássicos comoDetalhes”, “Ciúme de você”, “Olha”, “Eu sou terrível” e “Eu te darei o céu, sucessos de Roberto Carlos das décadas de 60 e 70, e aindaSentado à beira do caminho”, que ficou conhecida na voz de seu parceiro Erasmo Carlos. Porém, foi neste ano, 2012, que ela realmente aconteceu. Juliana é do signo de Câncer, mas pode afirmar que foi contagiada pela “Era de Aquário”. Protagonista do famoso e ‘polêmico’ musical “Hair”, que estreou no Teatro Frei Caneca – SP, ela considera essa a sua iniciação oficial no teatro musical; Sendo assim, é preciso concordar que foi uma estreia em grande estilo, pois se consagrou por sua interpretação brilhante no papel de Dionne, a líder espiritual de uma tribo de hippies de Nova York que caiu nas graças da crítica fazendo-a ser reconhecida por todo seu talento. Com direção de Charles Möeller e Claudio Botelho, o espetáculo de poucos cenários e zero efeitos especiais, usou de naturalidade e simplicidade para falar de assuntos tabus, como cantar a rebeldia, a apologia ao que era politicamente incorreto e o amor intenso e descompromissado em plena Guerra do Vietnã.  No elenco poucos nomes e rostos conhecidos, porém notava-se uma constelação em cima do palco, entre elas, ela! A voz que arrepiou e arrebatou plateias desde o primeiro instante, no número de abertura com a famosa canção “Aquário” (versão de Aquarius), ainda foi capaz de emocionar ao final do segundo ato, lembrando a todos de que é preciso “deixar o sol entrar” (versão Let The Sunshine In).

Juliana como Dionne, em “Hair” – Fotos: Caio Gallucci

Nem bem “Hair” saiu de cartaz em abril, e Juliana já se preparava para encarar mais um desafio, outro musical de época e bastante conhecido. Em agosto o Teatro Sérgio Cardoso recebeu “New York, New York”de José Possi Netobaseado na obra homônima de Earl Mac Rauch. Musicado com vários clássicos, a história gira em torno de um romance musical, no auge das Big Bands, que estouram durante a Segunda Guerra Mundial e tempos depois, decaem. Juliana subiu ao palco durante quase dois meses interpretando diversos papeis e com alguns destaques musicais, como o solo com a música “Why Don’t you Do Right”, no papel da cantora do Club 88 e uma cena que se passa em um estúdio de gravação, onde ela integra um trio de cantoras negras pra lá de talentosas, é quase uma batalha de vozes entre ela, Jeniffer Nascimento e Mamá Trindade. O musical que foi um sucesso desde a primeira montagem encerrou sua temporada em 07 de outubro.

“New York, New York”

Por fim, a Atriz, Cantora, Psicóloga, Especialista em Musicoterapia e preparadora Vocal de Crianças e Adultos, consegue unir todas as suas especialidades com diferencial, e ainda resumi-las em uma única palavra: talento.

Agora é só esperar para vê-la  em seu próximo projeto de sucesso, em 2013, a multitalentosa Juliana vai “deixar o sol entrar”  e brilhar mais uma vez, ela será a Hiena Shenzi, no clássico musical da Broadway, “O Rei Leão”, sem dúvida um dos mais esperados, e que estreia em 28 de março, no Teatro Renault, em São Paulo. Aguardem.

JulianaPepi_PorErikAlmeida-5_400x400*EDIT: Depois do sucesso de “O Rei Leão”, onde ficou em cartaz por dois anos, Juliana voltou aos palcos em 2016 como a divertida personagem Joanne, do clássico de Stephen Schwartz, “Godspell”, que em sua nova montagem brasileira levou o nome de “Godspell – Em Busca do Amor”, e arrebatou plateias com o icônico solo “O Bless the Lord, My Soul”. Atualmente, Juliana se dividia entre o palco e a vida de professora em alguns dos principais espaços voltados para Teatro Musical em São Paulo.

Peppi Godspell
Juliana Peppi como Joanne, em “Gospell – Em Busca do Amor” – Foto: Divulgação

☼ 29/06/1984
✞ 27/12/2017

*Última atualização: 27/12/2017

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Um Comentário

  1. Que linda homenagem à minha filha Juliana Peppi. Sua trajetória meteórica e rica em amor, dedicação, talento e muito cuidado e carinho para com todos.
    Gratidão!
    Shirley Peppi

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